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Politica Brasil
Quinta - 07 de Dezembro de 2006 às 08:00

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A exemplo do que ocorreu com as contas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a justiça eleitoral pediu a rejeição do relatório de gastos do governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), e mais outros cinco governadores eleitos. São os casos dos reeleitos Blairo Maggi (PPS-MT), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Wellington Dias (PT-PI) e dos eleitos Ana Júlia Carepa (PT-PA) e Jaques Wagner (PT-BA).

A recomendação para os tribunais regionais eleitorais (TREs) rejeitarem as contas (o prazo para votação expira na próxima segunda-feira) se deu, na maioria dos casos, pelo mesmo motivo alegado pelos técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação a Lula: constatou-se gastos não declarados e doações supostamente irregulares de empresas que mantêm concessões públicas.

Serra, cujo comitê financeiro classificou as exigências do TRE-SP como "fora da realidade" ao jornal Folha de S.Paulo, pela suposta impossibilidade de se conhecer as ramificações dos negócios dos doadores, terá, assim como o PT de Lula fez ontem, de retificar a prestação de contas e explicar as doações que teriam sido irregulares.

No caso de Serra, os técnicos do TRE-SP contestaram doações de R$ 700 mil da Caemi Mineração e de R$ 1 mil da Norbrasil Saneamento Ltda., empresas que têm relaçõs com prestação de serviços públicos. Também questionaram gastos de R$ 5 milhões da campanha de Serra com a empresa de comunicação "Campanhas 2006 Comunicação Ltda", que começou a operar pouco antes das eleições deste ano. Também foram identificados gastos não comprovados e viagens com passageiros sem identificação.

No que se refere à doação de R$ 700 mil pela Caemi Mineração, o presidente do comitê financeiro da campanha de Serra, José Gregori, que também preside o Conselho Municipal dos Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, o partido sabia que o repasse na verdade partiu da Vale do Rio Doce, concessionária pública. Mas defendeu a legalidade do repasse:

"Houve a doação de um grupo que se sabia que era um grupo da Vale, mas veio por essa empresa. A informação que se tinha, e que tenho até agora, é que era uma empresa particular", usando o termo "particular" para se refirir a empresa que não é concessionária.





Fonte: Terra

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