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Internacional
Quarta - 06 de Dezembro de 2006 às 08:43

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Beirute - O comandante do Exército libanês, o general cristão Michel Suleiman, alertou ontem que os protestos diários e os distúrbios sectários podem sair do controle. A declaração indica que os militares temem que a crise política entre o primeiro-ministro anti-Síria, o muçulmano sunita Fuad Siniora, e a oposição pró-Síria, liderada pelos muçulmanos xiitas, atinja níveis perigosos.

'A ausência de soluções políticas e os recorrentes incidentes de segurança, particularmente os de matiz sectária, consomem os recursos do Exército e enfraquecem sua neutralidade', disse Suleiman à Associated Press. 'Esse enfraquecimento tornará o Exército incapaz de controlar a situação em todas as áreas do Líbano.' Ele garantiu, porém, que o Exército não vai se dividir em linhas sectárias, como aconteceu na guerra civil (1975-1990).

Com a recusa de Siniora de ceder mais espaço para os xiitas do Hezbollah e da Amal no gabinete, ou de renunciar, os dois grupos pretendem ampliar a pressão. O ex-ministro da Defesa Abdul Rahim Murad, um sunita pró-Síria que apóia os protestos, revelou ontem ao Estado que os grupos pretendem armar acampamentos de militantes - como os que estão hoje na área do palácio - na frente de outros prédios do governo e na estrada para o aeroporto. 'Para criar mais transtorno', explicou Murad, cotado para chefiar um eventual governo pró-Hezbollah. 'Hoje, eles só governam 500 metros quadrados', ironizou, referindo-se às salas do palácio onde Siniora e 17 ministros estão confinados desde sexta-feira. Colaborou o enviado especial Lourival Sant'Anna





Fonte: Agência de Notícias

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