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Economia
Terça - 05 de Dezembro de 2006 às 18:23

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O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) afirmou hoje que o crescimento da economia do Brasil será de cerca de 2,8%, e não de 3,3% como previa o Ministério da Fazenda.

A entidade, vinculada ao Ministério do Planejamento, revisou hoje para baixo sua previsão de crescimento para 2006, passando da marca de 3,3% anunciada em setembro para a de 2,8% calculada este mês.

O Ipea já tinha reduzido sua previsão em setembro, quando comparada à de 3,8% calculada em junho.

A previsão da entidade é similar à feita por economistas do setor privado, que há algumas semanas prevêem que a economia brasileira apenas crescerá 2,8% em 2006.

Já em 2007, a entidade prevê um crescimento de 3,6%.

A economia brasileira cresceu 2,3% em 2005 e 4,9% em 2004, e o crescimento médio desde 1995 é de apenas 2,5% por ano.

A meta do presidente Lula era encerrar seu primeiro mandato, em 2006, com um crescimento anual de aproximadamente 5%, o que faz com que ele já tenha anunciado que adotará medidas para incentivar o crescimento e alcançar esta taxa em seu segundo mandato.

No "Boletim de conjuntura" que divulgou hoje, o Ipea admitiu que o crescimento de 2006 será similar à média dos últimos anos e afirmou que o Brasil não conseguiu ter anteriormente um crescimento superior a 3% por dois anos consecutivos.

"Este fato é decepcionante, especialmente quando se leva em conta o contexto dos últimos anos, em que a economia mundial registrou um crescimento maior ainda que nos anos dourados da década de 60", diz o documento.

Apesar de ter sido divulgado na última semana que a economia apenas tinha crescido 2,5% nos primeiros nove meses do ano em comparação a 2005 e 0,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que ainda esperava um crescimento de 3,3% em 2006.

De acordo com o Ipea, a revisão em queda da previsão de crescimento foi provocada pelo decepcionante desempenho do setor industrial, que já não crescerá 4,2% como tinha sido calculado em setembro, mas apenas 3,2%.

Em contrapartida, a previsão para o crescimento do setor agropecuário foi revisada em alta, do 2,3% de setembro passou para 3% em dezembro.

Já o crescimento do setor serviços será de 2,3% e não de 2,4%, como foi previsto anteriormente.

Segundo os cálculos da entidade, o superávit da balança comercial brasileira cairá do recorde de US$ 44,8 bilhões em 2005 para US$ 44,2 bilhões em 2006 e alcançará US$ 37,2 bilhões em 2007.

Tal redução será conseqüência da desvalorização do real frente ao dólar, que incentivou as importações e reduziu a competitividade das exportações brasileiras.

As vendas externas subirão de US$ 118,3 bilhões em 2006 para US$ 137,1 bilhões em 2006, mas as importações saltarão de US$ 73,6 bilhões para US$ 92,8 bilhões no mesmo período.

Com relação à inflação, a entidade calcula que será de 3,1% em 2006, abaixo da marca de 5,7% de 2005 e abaixo da meta que o Governo apresentou para 2006, que é de 3,5%.

De acordo com o Ipea, o ritmo de desaceleração dos preços não se sustentará e a inflação de 2007 será de 4,3%.

A entidade também calcula que o dólar fechará 2006 cotado em R$ 2,17 e em dezembro de 2007 chegará a R$ 2,3.





Fonte: EFE

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