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Nacional
Terça - 05 de Dezembro de 2006 às 17:46

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As mortes violentas entre mulheres na região Sudeste cresceram em 2005, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Apesar de a porcentagem de mortes violentas de mulheres — que inclui todos os homicídios, suicídios e mortes por acidente de trânsito — ter ficado estável no Brasil nos últimos levantamentos, com uma taxa um pouco acima de 4 por cento, o Sudeste registrou alta.

"A região Sudeste é a única onde se observa tendência de aumento dos óbitos por causas violentas entre as mulheres, principalmente a partir de 2003, saindo de um patamar levemente superior a 4 por cento para 5 por cento, em média, em 2005", afirmou o IBGE, em levantamento sobre as estatísticas do Registro Civil no país do ano passado.

Para o coordenador do estudo, Cláudio Dutra, o resultado aponta que as mulheres da região se expõem cada ano mais, desde 2002, aos riscos com trânsito e com crimes, que aumentam junto com a maior participação delas no mercado de trabalho.

"Essa é uma tendência que está se consolidando porque houve uma redução pequena das mortes violentas de homens", disse ele à Reuters por telefone.

A estatística afirma que até 2002 o Brasil tinha tendência de elevação do índice de mortes violentas, principalmente do sexo masculino.

Segundo o estudo, a região Centro-Oeste do Brasil é a que apresenta, entretanto, o maior índice de mortes violentas entre mulheres, com 5,6 por cento em 2005.

"A partir de então, há indicativos de início de uma inversão nesse movimento, mas os dados ainda se mantêm em patamares bastante elevados", disse o IBGE.

DIVÓRCIO EM ALTA

A pesquisa do instituto registrou também um aumento do número de divórcios no país, que passou de 1,2 para 1,3 por mil pessoas de 20 anos ou mais, o maior nível registrado desde 1995.

Por outro lado, segundo o IBGE, o número de casamentos nos quais um dos cônjuges ou ambos são divorciados também subiu.

"Muitos casamentos têm motivação econômica, mas houve ainda o incentivo desde 2002 para cá por parte da Justiça e das igrejas para que as pessoas formalizem as relações, o que pesou no resultado", declarou Dutra, do IBGE.

Com relação ao registro civil de recém-nascidos, a estatística aponta um aumento da cobertura nacional, que passou de 80,6 por cento para 88,5 por cento. Entretanto, "11,5 por cento das crianças nascidas no Brasil não são registradas".

"Apesar de ainda as estimativas mostrarem que cerca de 370 mil crianças não foram registradas, o que é um número alto, deu para ver algum avanço. Em 2002, o Amazonas, por exemplo, tinha 41 por cento de crianças sem registro. Agora são 20 por cento, o que mostra uma melhora boa para o período", declarou Dutra.





Fonte: Reuters

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