Maggi “copia” discurso de Lula e diz que quer destravar MT

Em mais uma demonstração de afinidade política com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador reeleito Blairo Maggi (MD) adotou o mesmo discurso do petista dizendo aos empresários presentes na cerimônia de posse da nova diretoria da Fiemt (Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso) que quer destravar o Estado. “Quero deixar Mato Grosso preparado para o crescimento destravado, com garantias de um bom futuro”, disse.

Maggi destacou ontem à noite a necessidade de fomentar o crescimento de forma harmônica com o meio ambiente. “Se não observarmos a legislação ambiental, teremos dificuldades inclusive com os nossos clientes mundiais”, ressalvou Maggi, avaliando ainda os novos investimentos em infra-estrutura nos próximos quatro anos.

“A crise faz parte do passado. Teremos momentos tão bons quanto antes. Mato Grosso não está preparado apenas para lidar com a agropecuária e com a indústria madeireira, mas sim para transformá-las em algo mais complexo. O Estado está preparado para o ciclo industrial e para crescer com consistência”, garantiu. “Como empresário, sou permanente. Como governador, sou passageiro”, lembrou.

O governador exortou os empresários do setor industrial a investirem também em outros estados a fim de assegurar o próprio retorno para Mato Grosso. “A partir de 2007, Mato Grosso não será como 2006 nem como 2005”, previu.

Secretariado – Maggi confirmou durante o evento que o secretário de Estado de Industria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan, vai continuar no comando da pasta. “O Furlan discursou como se estivesse se despedindo, mas quero dizer para ele se preparar porque vai ficar mais um tempo comigo. Temos muita coisa para fazer”, disse.

Segundo Furlan, presidente licenciado da Fiemt até ontem, há mais de uma centena de indústrias de pequeno, médio e grande porte instaladas em Mato Grosso, sendo R$ 1 bilhão em investimentos contabilizados, cerca de 10.500 empregos diretos gerados e 25 mil indiretos.

Também em discurso, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, destacou a atuação de Mato Grosso no cenário nacional. “Trata-se de um Estado com ritmo mais acelerado que o restante do Brasil”. Ele criticou a necessidade de viabilizar o crescimento econômico a partir da redução da carga tributária aliada ao enxugamento dos gastos públicos.

O empresário Mauro Mendes assumiu a direção da Fiemt, cargo em que deve permanecer durante o triênio 2006/2009, no lugar de Nereu Pasini.