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Internacional
Sexta - 01 de Dezembro de 2006 às 18:29

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Os venezuelanos iniciaram hoje o período de reflexão de 48 horas que antecedem as eleições presidenciais do próximo domingo.

Às 6h local (8h de Brasília) da manhã de hoje chegaram ao fim oficialmente as campanhas dos dois principais candidatos ao governo do país nos próximos seis anos: o atual presidente, Hugo Chávez, e o principal candidato da oposição, Manuel Rosales.

Os dois que disputam a Presidência venezuelana aproveitaram a quinta-feira para fazer seus últimos comícios, se declararem convencidos da vitória e, sobretudo, pedir que a Constituição seja cumprida quando se souber o veredicto das urnas, em 3 de dezembro.

Chávez e Rosales pediram paz na votação de domingo, embora ambos tenham expressado desconfiança com relação ao rival e alertado sobre as supostas tentativas que o adversário poderia realizar para semear confusão.

Com a repercussão destas últimas advertências, após uma campanha dominada pela tranqüilidade, os venezuelanos cumprem o prazo de reflexão com temor de que a noite do domingo seja marcada pela violência.

Em armazéns e supermercados se esgotaram as reservas de leite, frango e alguns outros produtos em meio a longas filas de clientes com carrinhos cheios. Os consumidores confessavam o medo de não encontrar alimentos nos próximos dias, apesar dos pedidos de calma e as garantias dadas pelas autoridades.

Na contagem regressiva da eleição presidencial, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) - poder autônomo encarregado de organizar o processo, garantir a transparência da votação e anunciar os resultados após a apuração - instalou hoje as mesas de votação que serão usadas no domingo, por cerca de 16 milhões de eleitores.

Para o CNE, tudo está pronto para que as sessões abram no dia 3 às 6h da manhã (8h de Brasília) em todo o país. Segundo a lei eleitoral, os centros fecharão às 16h (18h de Brasília), embora por lei pode haver prorrogação se restarem eleitores que não puderam votar.

As missões de observadores internacionais que foram convidadas para as eleições também declararam cumprida sua missão. Ao todo, cerca de 200 pessoas foram enviadas pela União Européia, pela Organização dos Estados Americanos (OEA), pelo Centro Carter e pelo Mercosul, além de dezenas de instâncias eleitorais do continente.

"Paz" e "tranqüilidade" foram as últimas mensagens transmitidas pelo CNE ao eleitorado, após advertir que está proibido publicar pesquisas de boca-de-urna antes que o Conselho emita, no domingo, seu Diário Oficial sobre os resultados da apuração.

Após se reunir com a missão de observadores da OEA na quinta-feira, meios de comunicação venezuelanos se comprometeram a não divulgar essas pesquisas.

A presidente do CNE, Tibisay Lucena, que inaugurou hoje um centro de imprensa para atender os jornalistas, disse que cerca de 600 representantes de meios estrangeiros e cerca de 6 mil venezuelanos foram credenciados para as eleições, e afirmou que "o mundo" poderá testemunhar como a Venezuela vota "com civismo, alegria e democracia".





Fonte: EFE

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