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Cidades/Geral
Sexta - 01 de Dezembro de 2006 às 11:03

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São Paulo - Mais de um terço dos municípios do Piauí está sofrendo os efeitos da seca, principalmente no semi-árido. Das 223 cidades do Estado, 69 estão em estado de emergência ou calamidade pública em decorrência da falta d'água ou perda de safra.

O custo do barril de água, com 60 litros, no semi-árido, custa em média R$ 10. Segundo dados da Fundação Cepro, que estuda dados econômicos no Piauí, a renda per capita do Estado, em 2004, era de R$ 2.892.

O economista Valmir Falcão, do Conselho Regional de Economia, considerou um dado alarmante que o barril de água seja vendido a preço tão alto no Estado que tem um dos maiores lençóis freáticos do mundo. "Os tambores são transportados em lombo de animais por longas distâncias e nunca o vasilhame vem totalmente cheio", afirmou.

Até agora, segundo o coordenador da Defesa Civil no Piauí, coronel Francisco Barbosa, 69 prefeitos encaminharam decreto de emergência ao governo do Estado. Eles alegam falta de água para abastecimento humano e animal, além de perdas agrícolas superiores a 50% da safra.

"Esperamos que a tendência neste próximo mês seja baixar esse número, porque começou a chover. O Exército já está ajudando na distribuição de água. Eles estão responsáveis pelo abastecimento com carros-pipa em 43 municípios. Ainda estamos distribuindo cestas de alimentos repassadas pelo governo federal", explicou o coronel Barbosa.

Segundo a Associação Piauiense dos Municípios (APPM), o número de cidades afetadas tende a crescer. "As chuvas foram irregulares e não tem água de superfície", disse o presidente da APPM, Luís Coelho.

Pelos cálculos da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) do Piauí, 500 mil pessoas estariam sendo afetadas.





Fonte: Agência de Notícias

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