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Tecnologia
Sexta - 01 de Dezembro de 2006 às 07:59

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Segundo Lula, a produção das sementes utilizadas na produção do combustível tem o potencial de gerar "milhões de empregos" e beneficiar países que hoje não dispõem de recursos naturais como o petróleo.

Lula disse ter sugerido aos líderes africanos presentes em Abuja a realização de um seminário técnico entre os países da região, no início do ano que vem, para discutir a utilização dos biocombustíveis.

Durante a cúpula, Lula aproveitou para fazer "propaganda" dos biocombustíveis brasileiros e distribuiu aos demais chefes de Estado presentes amostras de sementes como a mamona e dos próprios combustíveis refinados a partir delas.

Aproximação

Apesar da ausência de muitos presidentes sul-americanos, como o argentino Néstor Kirchner, o venezuelano Hugo Chávez e o colombiano Álvaro Uribe, Lula defendeu a realização de encontros do tipo.

Segundo ele, muitas vezes os presidentes são criticados por voltar dessas reuniões sem ganhos concretos, mas o simples fato de diversos líderes dos dois continentes terem se reunido já é um avanço e representa o começo de uma aproximação maior entre as duas regiões.

O presidente se disse otimista em relação ao futuro das relações entre o Brasil e os países da África. "Aqui há espaço para que as empresas brasileiras façam muitos negócios", disse.

A torção no tornozelo direito, que obrigou Lula a cancelar sua participação em vários eventos programados para a quarta-feira, ainda obrigou o presidente a se locomover em uma cadeira de rodas nesta quinta-feira.

Mas com um sapato no lugar da faixa que exibia na véspera, Lula disse que estava cumprindo as recomendações médicas de evitar caminhar longas distâncias, para reduzir o inchaço no pé.

PIB

Durante a entrevista que concedeu após o encerramento da cúpula, Lula disse não estar preocupado com o baixo crescimento apresentado pelo PIB brasileiro no terceiro trimestre deste ano.

O crescimento de 0,5% em relação ao trimestre anterior indica que, a não ser que a economia dê um salto maior no último trimestre, a expansão do PIB em 2006 será inferior à última meta definida pelo governo para o ano, de 3,2%.

"Vou esperar o quarto trimestre, quando nossa economia pode crescer 1,5% ou até um pouco mais", disse o presidente.

Mas Lula buscou fugir do foco e disse que não está mais preocupado com 2006, e sim "com 2007, 2008, 2009 e 2010".

"Tenho que pensar para a frente, e o importante é fazermos tudo o que é necessário para permitir o crescimento", afirmou o presidente.





Fonte: BBC Brasil

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