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Lula encontra Kadafi e prega na África união entre excluídos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta quinta-feira com o líder líbio Muammar Kadafi e pediu mais cooperação entre os países excluídos na luta contra as desigualdades sociais em Abuja, na Nigéria, onde participa de encontro entre líderes africanos e sul-americanos.
"Nosso objetivo principal hoje é fixar os alicerces de um novo paradigma de cooperação Sul-Sul", declarou o presidente Lula, que participou da Cúpula África-América do Sul, realizada na Nigéria.
"Se queremos outra globalização, menos desigual, mais solidária, precisamos construir parcerias estratégicas que atendam os países mais pobres", disse Lula. Na quarta-feira, o presidente teve que cancelar parte de sua agenda devido a uma lesão no pé direito, agora enfaixado. Ele aparentava alguma melhora nesta quinta-feira.
Anfitrião da cúpula, o presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, disse que os dois continentes compartilham uma história de colonização e exploração, além de enfrentarem desafios parecidos para o futuro. Ao final do encontro, os líderes assinaram uma declaração de nove pontos com o objetivo de buscar a cooperação em várias áreas, incluindo energia, bancos, redução da pobreza e educação, além do aprimoramento da democracia. Acertaram ainda um encontro de integração bianual.
Lula chegou a dizer que a África é uma prioridade "indiscutível" para o Brasil. Durante seu primeiro mandato, o presidente Lula visitou 17 países africanos e recebeu 15 líderes da região em Brasília. O comércio, segundo dados do governo, cresceu 110 por cento nos últimos quatro anos.
"O que nos trouxe a Abuja foi o desejo de unir africanos e sul-americanos para fazer ouvir nossa voz. Vamos formar uma estreita aliança entre dois continentes que se ressentem da exclusão a que têm sido relegados por tanto tempo", afirmou Lula no discurso. Ele retorna ainda nesta noite a Brasília.
KADAFI: APOIO A CHÁVEZ
Kadafi, um dos quatro líderes que abriram o encontro num hotel de luxo em Abuja, disse ser importante fazer avanços concretos para evitar que o próximo evento seja visto como um fracasso. Ele reforçou a necessidade de cooperação mencionada no setor de defesa e sugeriu que os dois continentes formulem a sua versão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O líder líbio lembrou ainda em seu discurso a eleição presidencial na Venezuela.
"Quando o povo venezuelano for às urnas, ele deve votar pelo presidente deles porque ele é um amigo dos pobres. Ele fez muito pela Venezuela, pela América do Sul e pelo mundo", declarou Kadafi, referindo-se ao presidente Hugo Chávez, que concorre à reeleição no domingo.
Chávez foi representado no encontro por seu ministro de Relações Exteriores e mantém amizade com Kadafi. Eles compartilham origens militares, idéias econômicas de esquerda e relações conflituosas com Washington.
Venezuela e Líbia também são membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A Líbia recentemente se acertou com os Estados Unidos após um impasse que durava décadas, o que agora permite investimento ocidental para diminuir a dependência do petróleo vivida no país africano.
"Nosso objetivo principal hoje é fixar os alicerces de um novo paradigma de cooperação Sul-Sul", declarou o presidente Lula, que participou da Cúpula África-América do Sul, realizada na Nigéria.
"Se queremos outra globalização, menos desigual, mais solidária, precisamos construir parcerias estratégicas que atendam os países mais pobres", disse Lula. Na quarta-feira, o presidente teve que cancelar parte de sua agenda devido a uma lesão no pé direito, agora enfaixado. Ele aparentava alguma melhora nesta quinta-feira.
Anfitrião da cúpula, o presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, disse que os dois continentes compartilham uma história de colonização e exploração, além de enfrentarem desafios parecidos para o futuro. Ao final do encontro, os líderes assinaram uma declaração de nove pontos com o objetivo de buscar a cooperação em várias áreas, incluindo energia, bancos, redução da pobreza e educação, além do aprimoramento da democracia. Acertaram ainda um encontro de integração bianual.
Lula chegou a dizer que a África é uma prioridade "indiscutível" para o Brasil. Durante seu primeiro mandato, o presidente Lula visitou 17 países africanos e recebeu 15 líderes da região em Brasília. O comércio, segundo dados do governo, cresceu 110 por cento nos últimos quatro anos.
"O que nos trouxe a Abuja foi o desejo de unir africanos e sul-americanos para fazer ouvir nossa voz. Vamos formar uma estreita aliança entre dois continentes que se ressentem da exclusão a que têm sido relegados por tanto tempo", afirmou Lula no discurso. Ele retorna ainda nesta noite a Brasília.
KADAFI: APOIO A CHÁVEZ
Kadafi, um dos quatro líderes que abriram o encontro num hotel de luxo em Abuja, disse ser importante fazer avanços concretos para evitar que o próximo evento seja visto como um fracasso. Ele reforçou a necessidade de cooperação mencionada no setor de defesa e sugeriu que os dois continentes formulem a sua versão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O líder líbio lembrou ainda em seu discurso a eleição presidencial na Venezuela.
"Quando o povo venezuelano for às urnas, ele deve votar pelo presidente deles porque ele é um amigo dos pobres. Ele fez muito pela Venezuela, pela América do Sul e pelo mundo", declarou Kadafi, referindo-se ao presidente Hugo Chávez, que concorre à reeleição no domingo.
Chávez foi representado no encontro por seu ministro de Relações Exteriores e mantém amizade com Kadafi. Eles compartilham origens militares, idéias econômicas de esquerda e relações conflituosas com Washington.
Venezuela e Líbia também são membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A Líbia recentemente se acertou com os Estados Unidos após um impasse que durava décadas, o que agora permite investimento ocidental para diminuir a dependência do petróleo vivida no país africano.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/257205/visualizar/

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