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Nacional
Terça - 28 de Novembro de 2006 às 23:49

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Depois de ser expulso da prefeitura de Ilhabela, no litoral paulista, o vice-prefeito do município, Antonio Carlos Simões (PL), decidiu continuar trabalhando do lado de fora do prédio. Com um guarda-sol, uma mesa e quatro cadeiras, Simões montou um gabinete itinerante na calçada, próximo ao estacionamento da prefeitura, para atender à população e pendurou uma faixa indicando que ali é seu novo lugar de trabalho. "Aqui é melhor, não tem o peso da corrupção", disse hoje, alfinetando seu adversário político, o prefeito Manuel Marcos Ferreira (PTB).

As divergências entre Simões e Ferreira se intensificaram depois das denúncias do suposto esquema de desvio de dinheiro da folha de pagamento da prefeitura. A ex-chefe do setor de RH, responsável pela elaboração da folha de pagamento, Laurentina Rinaldo, confessou o crime em depoimento à polícia na semana passada. De acordo com a polícia, outras dez pessoas estão envolvidas na fraude.

De acordo com o secretário de assuntos jurídicos do município, Odair Barboza, o prefeito Manoel Marcos decidiu retirar a sala do vice-prefeito porque Simões falava mal de funcionários pelos corredores e em voz alta, atrapalhando o bom andamento da administração pública. "Se ele quer falar mal, denunciar, ele que vá fazer fora da prefeitura, de preferência ao Ministério Público", disse o secretário.

Simões negou as acusações, mas confirmou que sua sala foi "desmontada" depois que as denúncias de corrupção vieram à tona. "Há cerca de quinze dias cheguei para trabalhar e não tinha mais sala, tudo havia sido retirado, inclusive documentos." Desde então, o vice-prefeito, que continua recebendo salário normalmente, decidiu ir para a calçada. "Nos dois primeiros dias, atendi a cerca de 45 pessoas. Com a ajuda de voluntários, anoto os pedidos e vou encaminhar tudo para o prefeito. Se ele não atender, encaminho ao Ministério Público." Segundo Simões, são requerimentos sobre revisão de IPTU, serviços, entre outros pedidos.





Fonte: AE

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