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Politica Brasil
Terça - 28 de Novembro de 2006 às 16:41

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Os três senadores acusados de envolvimento no esquema de compra de ambulâncias a preços superfaturados, com recursos do Orçamento, escaparam da cassação. O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), negou a existência de um acordo para absolver os parlamentares.

“Nunca, em momento algum, qualquer pessoa me falou de acordo ou qualquer coisa parecida. Acho que foi ânimo do colegiado”, afirmou. Segundo ele, foi preservada a ética: “Não podemos falar em 'pizza'. É que não foram encontradas provas. Acho que não estamos todos errando ao mesmo tempo. Só em um item houve discrepância”.

O Conselho de Ética julgou hoje (28) os processos envolvendo os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Shlessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Os nomes haviam sido enviados ao colegiado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas.

Por falta de provas, os processos contra Serys Shlessarenko e Magno Malta foram arquivados. No caso de Ney Suassuna, foi aprovada por 12 votos a dois a aplicação de uma censura verbal, pelo presidente do Conselho de Ética. De acordo com o relator do voto em separado, senador Wellington Salgado (PMDB-MG), não há indícios de que Suassuna tenha recebido vantagem do esquema. A censura verbal foi sugerida porque ele entendeu que o senador paraibano deixou de observar deveres e preceitos inerentes ao mandato – Suassuna havia reconhecido que uma ex-assessora teria assinado um documento no nome dele.

Suassuna disse que não merecia censura verbal, porque não cometeu irregularidades, e argumentou que os funcionários foram demitidos e processados assim que soube de suspeitas contra eles. Também para o senador, não houve “pizza” no Conselho. “Só na cabeça de vocês, ou melhor, de alguns da imprensa que acham que todo parlamentar é bandido e tem que ser punido para sempre. Isso não é verdade", afirmou. Suassuna não foi reeleito e informou que voltará a seus negócios particulares ao final da legislatura.

Relator do processo contra Magno Malta, o senador Demóstenes Torres (PFL-GO) considerou "absolutamente justa" a avaliação. “Pode submeter a qualquer jurista, qualquer pessoa que entende de direito vai ver que encaminhei dentro da prova”, afirmou, acrescentou que "foi restabelecida a verdade".

Para ele, a CPMI dos Sanguessugas deveria ter investigado mais, antes de enviar relatório ao Conselho de Ética. “Sinto alívio porque a justiça que não foi feita na CPMI, foi feita aqui. Porque se tivessem estudado os documentos, não chegaríamos a esse momento", acrescentou Malta.

A senadora Serys Shlessarenko disse ter sido alvo de "grande injustiça" e rebateu a acusação de que haveria acordo para a absolvição: “O relatório é a prova de que não é 'pizza' e tem todas as provas da minha inocência”.





Fonte: Agência Brasil

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