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Terça - 28 de Novembro de 2006 às 10:27

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São Paulo - A TAM anunciou a incorporação de 5 mil funcionários que antes trabalhavam de forma terceirizada. Eles hoje trabalham para representantes comerciais da TAM em 54 bases espalhadas pelo País e vão se somar aos 11.337 empregados registrados da companhia. Esses funcionários formam as equipes de aeroporto (atendentes de balcão), rampa (que atuam na área de bagagens e cargas) e de lojas. De acordo com a companhia, a incorporação representará uma economia de R$ 85 milhões ao ano.

O processo de "desterceirização" irá custar R$ 50 milhões, referentes a rescisão dos contratos de representação. Com a medida, a empresa espera reduzir a carga de impostos sobre faturamento de mão-de-obra de terceiros e eliminar o pagamento de comissão sobre vendas de passagens e cargas.

Segundo o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, o projeto representa uma padronização de recursos humanos: "A reformulação vai proporcionar uma maior harmonia entre as atividades da empresa e ganhos nos níveis de governança corporativa".

Com as medidas, a TAM segue modelo adotado pela Gol, que tem toda sua equipe de aeroportos no Brasil e no exterior incorporada à folha de pagamentos. A Gol tem 8.100 funcionários. Além de menor - a Gol tem 33% do mercado, contra 47% da TAM - a Gol não conta com estrutura comercial de venda de passagens.

Bologna disse ontem à noite, durante entrevista no programa Roda Viva, que a diferença de tarifas entre a TAM e a Gol vem caindo. Já foi de 25% e hoje está em torno de 10%. Segundo Bologna, a diferença de preços se justifica pela oferta de serviços pela empresa. A TAM, argumentou o executivo, oferece mais opções de vôos diretos, programa de fidelização dos clientes e um serviço de bordo diferenciado em relação à "famosa barra de cereal".

Para o professor de estratégia do Ibmec São Paulo, Sérgio Lazzarini, a "desterceirização" é um movimento que começa a ganhar corpo entre as empresas brasileiras. "Não sei se esse foi o caso que motivou a TAM, mas vemos um movimento de empresas considerando os riscos trabalhistas da terceirização." Quando o movimento de terceirização surgiu, o objetivo era liberar as empresas para que elas pudessem se concentrar na essência de seus negócios, terceirizando atividades e reduzindo custos. No entanto, explica Lazzarini, muitas empresas passaram a terceirizar para fugir de encargos trabalhistas. "Se a companhia que você contratou não é responsável do ponto de vista trabalhista, você pode ser responsabilizado pela Justiça do Trabalho."





Fonte: Agência de Notícias

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