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Tecnologia
Terça - 28 de Novembro de 2006 às 10:20

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São Paulo - O empreendedor Luiz Berg é um dos 34 mil microempresários brasileiros que aproveitou o acesso mais fácil da população aos computadores e resolveu investir em informática entre 2000 e 2004. Segundo pesquisa divulgada pelo Observatório das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) do Sebrae-SP na sexta-feira passada, os negócios de varejo e serviços ligados à computação foram os que mais cresceram neste período.

“Já trabalhava no ramo de informática e vi que existia grande chance de ganhar parte desse mercado com uma loja nessa área”, diz Berg, que abriu a Berg Cartuchos há três anos, na cidade de São Paulo. No Brasil todo, o número de micro e pequenas empresas que vendem produtos de informática cresceu 60,2%. Já na área de serviços, como manutenção de micros e consultoria em hardware, esse número subiu 57,1%.

“O varejo desse produto passou da 11ª para a sexta colocação em participação no total de MPEs, ultrapassando setores tradicionais, como comércio de bebidas e quitandas”, diz Marco Aurélio Bedê, coordenador da pesquisa. Segundo ele, os pequenos enxergaram que produtos ligados à computação e celulares estavam pesando mais na cesta de consumo.

Berg diz que a aposta não poderia ter sido melhor. Ele investiu em cursos para atuar com recondicionamento de cartuchos de impressoras e também comercializar computadores. Hoje, tem 7 funcionários e está lançando sua loja virtual. “Investimos, no início, R$ 25 mil, e hoje tenho uma base de 3 mil clientes.” Ele espera fechar o ano com receita 25% maior.

Já a Mega Brasil, de Juarez Belarmino, foi inaugurada no ano passado e também apresenta bons resultados. Ele investiu mais de R$ 200 mil no negócio e espera chegar ao ponto de equilíbrio em dois meses. “Para abrir uma empresa na área, o que precisa é ter muito planejamento e pensar nos diferenciais que se vai oferecer.” Com as vendas em alta, ele planeja abrir mais duas lojas no primeiro semestre do ano que vem.

Regiões

A expansão das empresas que atuam no ramo de informática não é um fenômeno apenas dos grandes centros. A pesquisa do Sebrae-SP apontou que o segmento é o que mais cresce 14 Estados. Alguns, como Goiás, Roraima e Tocantins, têm crescimento acima da média nacional. “A expansão é geral e, mesmo em centros com muita oferta, como São Paulo, o número de empreendimentos cresceu, pois as empresas de informática trabalham com um tipo de tecnologia moderna que dá flexibilidade para atender a diversos tipos de clientes”, diz Bedê.

Samuel Amaral, dono Altidata Informática, em Goiânia (GO), diz que, com o crescimento do número de empresas na área, a concorrência já está mais acirrada. “A oferta de serviços nesse setor aumentou muito aqui. Está ficando apertado, com muita competição na região”, diz.

Ele trabalha com assistência técnica em computadores e possui sete funcionários. “No começo a gente atendia muito mais empresas, porém hoje quase metade dos clientes são pessoas físicas, porque ter computador ficou muito mais fácil”, diz. Amaral prevê faturar 13% mais este ano.





Fonte: Agência de Notícias

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