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Nacional
Domingo - 26 de Novembro de 2006 às 17:12

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Os conselheiros tutelares do país vão sugerir ao Congresso Nacional, em fevereiro de 2007, início da próxima legislatura, duas propostas de alteração no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As reivindicações foram definidas neste domingo (26), durante o 3º Congresso Nacional de Conselhos Tutelares, em Luziânia (GO), que teve início quinta-feira (23). Cerca de 700 delegados, representando os 4.691 conselhos municipais, participaram do encontro.

Uma das propostas prevê a possibilidade de recondução, indefinidamente, dos profissionais na função. Atualmente, o ECA permite apenas uma recondução. “A comunidade, que escolhe o conselheiro, é que deve decidir se ele deve ou não continuar na atividade. É democraticamente mais justo”, afirma o coordenador do Fórum Nacional de Conselheiros Tutelares (entidade organizadora do Congresso), Osvaldo Ângelo.

A outra proposta diz respeito à remuneração dos profissionais. No estatuto, o pagamento aparece como “eventual”. O que os conselheiros querem é uma política financeira nacional, envolvendo todos os municípios. “Hoje, há profissionais ganhando menos que um salário mínimo, enquanto outros chegam a ganhar até R$ 3 mil. Não queremos um piso nacional, mas uma política financeira em que os municípios valorizem os conselheiros”, explica Ângelo.

Segundo o coordenador do Fórum, no Brasil há falta de Conselhos Tutelares (são 4.691 para 5.564 municípios), sendo que muitos funcionam de maneira precária. “Isso precisa mudar, e o executivo municipal é que tem de garantir melhor infra-estrutura, pois assim diz o estatuto”, afirma Ângelo. O ECA foi promulgado em 1990, mesmo ano em que surgiram os primeiros conselhos no país.

Os Conselhos Tutelares são responsáveis pelo monitoramento e garantia de direitos de crianças e adolescentes. As propostas de mudanças dizem respeito aos direitos trabalhistas dos profissionais que atuam na área.





Fonte: G1

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