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Politica Brasil
Domingo - 26 de Novembro de 2006 às 13:21

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O presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini, negou que tenha determinado a compra do chamado “dossiê Vedoin” contra adversários tucanos. “Não há procedência nisso. As investigações nem sequer terminaram”, disse o deputado, desmentindo reportagem publicada na edição deste domingo do jornal Folha de S. Paulo. Segundo a matéria, a Polícia Federal (PF) apresentaria relatório parcial na próxima semana apontando Berzoini como responsável pela operação do dossiêgate. Porém, o superintendente da PF, Daniel Lorenz, afirmou que a apuração do caso ainda não permitiria afirmar que Berzoini seja o mandante, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

Ainda de acordo com a matéria da Folha, o documento da PF deverá isentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de qualquer participação no caso. PF e Ministério Público Federal (MPF) teriam chegado à mesma conclusão: Lula não tinha conhecimento da negociação entre a cúpula do PT e o chefe da máfia dos sanguessugas, Luiz Antonio Vedoin, que tentava vender o dossiê. Na ocasião, os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos foram presos em hotel em São Paulo com o equivalente a 1,7 milhão de reais – o dinheiro, de origem ilegal, seria usado para comprar o dossiê. Berzoini era, então, o coordenador-geral da campanha da reeleição de Lula.

O relatório da PF poderia ainda apontar evidências contra outros petistas. Um dos envolvidos seria o deputado federal Carlos Abicalil (MT), primeiro a informar Berzoini da oferta do dossiê por parte de Vedoin. Abicalil teria afirmado que o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), à época candidato à reeleição, pagou Vedoin para que o empresário fizesse denúncias contra Antero Paes de Barros (PSDB), seu adversário na corrida pelo governo. Maggi nega.

O delegado Curado deverá pedir mais prazo para esclarecer o caso e detalhar suas conclusões. Há um mês, seu primeiro relatório apontava Jorge Lorenzetti, ex-analista de risco e mídia da campanha de Lula, como a pessoa que articulara "em âmbito nacional a compra do dossiê". O mesmo documento restringia geograficamente as ambições da estratégia. Dizia que "o dossiê visava alterar o rumo das pesquisas do eleitorado paulista, fazendo uma relação do então candidato [tucano José] Serra com a máfia dos sanguessugas".





Fonte: 24HorasNews

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