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Nacional
Sexta - 24 de Novembro de 2006 às 18:19

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Mais uma pessoa foi presa nesta sexta-feira (24) na Operação Castelhana, ação da Polícia Federal deflagrada ontem e que pretende desmontar uma organização criminosa especializada em crimes financeiros. Segundo a Receita Federal, a quadrilha pode ter causado prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

O empresário Paulo Victor Cardoso, dono da Pink Alimentos, com sede em Belo Horizonte, foi detido pela PF por volta de meio dia, quando tentava embarcar para Brasília.

Cardoso é o 14º preso na operação, que já deteve na quinta-feira (23) o deputado federal eleito para o próximo mandato pelo PT Juvenil Alves e o ex-deputado federal Avelino Costa, que atuou na Câmara de 1991 a 1995 sendo eleito pelo PL.

O empresário Paulo Victor Cardoso deve chegar ainda nesta sexta à sede da PF em Belo Horizonte, onde já estão presos Juvenil Alves e Avelino Costa. Veja a lista das pessoas detidas na Operação Castelhana.

O deputado eleito e o ex-deputado presos na quinta-feira devem permanecer detidos até a segunda-feira, quando expira o prazo do mandado de prisão. De acordo com o Tribunal Regional Federal da 1ª região - que inclui Minas Gerais -, responsável pelo processo, até as 17h não havia dado entrada habeas corpus solicitando a soltura de Alves e Costa. O prazo de prisão de cinco dias, informou a PF, ocorreu para garantir que provas não sejam ocultadas.

Os acusados poderão responder por sete crimes: lavagem de dinheiro, informação falsa em contrato de câmbio, evasão de divisas, sonegação fiscal, estelionato contra a fazenda pública, formação de quadrilha e falsidade ideológica. No total, as penas podem superar 35 anos de reclusão.

Juvenil Costa O deputado eleito Juvenil Alves foi detido em sua casa, no bairro Belvedere, na região centro-sul de Belo Horizonte, e levado para a sede da PF na capital mineira. Do escritório de Belo Horizonte foram levados disquetes e docimentos. Três funcionários que teriam tentado esconder supostas provas, segundo a PF, também foram detidos. Assista à reportagem do "Jornal Hoje".

Alves nasceu em Abaeté, região central de Minas, e obteve 110.651 votos nas eleições de outubro. De acordo com a PF, os escritórios de advocacia de Juvenil Alves seriam supostamente responsáveis por trâmites burocráticos no exterior e no Brasil, além da constituição de empresas de fachada.

O deputado, eleito com mais de 110 mil votos, foi suspenso pelo PT de Minas.

Operação Castelhana A ação visa cumprir 20 mandados de prisão, dos quais 14 já foram efetivados. Três dos acusados moram no Uruguai e serão notificados pela Justiça daquele país e os demais ainda não foram localizados.

Segundo a PF, o esquema de fraudes da organização criminosa faria uso de sociedades anônimas estabelecidas no Uruguai e na Espanha, em nome de "laranjas", para ocultar e dissimular valores e bens de empresários brasileiros.

O nome da operação foi escolhido em razão da atuação da quadrilha e países hispânicos, como Uruguai e Espanha.





Fonte: G1

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