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Nacional
Quarta - 22 de Novembro de 2006 às 22:45

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Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho e ex-integrante do comitê de campanha do presidente Lula, Oswaldo Bargas, disse hoje que o sua atuação na história do dossiê contra tucanos limitou-se a acompanhar a entrevista que a família Vedoin deu à revista "Veja". Oswaldo Bargas informou que foi a Cuiabá a pedido de Jorge Lorenzetti, apontado pela Polícia Federal como responsável pela operação de compra do dossiê contra tucanos.

"Achei que fiz um bom trabalho. Não tenho remorsos", afirmou. Ele observou, no entanto, que ficou muito abalado e se sentiu utilizado quando estourou o escândalo com a apreensão de R$ 1,75 milhão. "Assim que recebi a notícia, senti que tínhamos caído numa arapuca. E quem organizou a arapuca foram os adversários", afirmou.

Veloso

Mais cedo, o ex-diretor do Banco do Brasil, Expedito Veloso, disse em depoimento à CPI que foi o responsável pela análise dos documentos entregues pela família Vedoin. Veloso afirmou que entre os documentos havia 15 cheques ao portador que foram dados para o empresário Abel Pereira. O empresário, que depõe amanhã na CPI, é ligado ao ex-ministro e atual prefeito de Piracicaba, o tucano Barjas Negri.

Segundo Veloso, a família Vedoin contou que tinha dado esses cheques, que totalizaram R$ 600 mil, e feito outras 20 transferências bancárias no valor de R$ 900 mil como forma de pagamento de propina a Abel Pereira. Segundo Expedito Veloso, a família Vedoin informou a ele que Abel Pereira teria dito que esses cheques teriam sido utilizados para o pagamento de restos de campanha do tucano José Serra em 2002.

Lacerda

A CPI transferiu para a próxima terça-feira o depoimento de Hamilton Lacerda, ex-assessor do senador Aloizio Mercadante. O depoimento foi adiado a pedido do próprio Lacerda, conhecido como o "homem da mala" por ter sido o portador do dinheiro entregue a Valdebran Padilha e Gedimar Passos, flagrados pela Polícia Federal com R$ 1,75 milhão que seria utilizado para a compra do dossiê. O depoimento de Gedimar também está marcado para a próxima terça-feira.





Fonte: AE

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