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Economia
Quarta - 22 de Novembro de 2006 às 15:34

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Os preços da energia elétrica tendem a subir nos próximos anos, considerando os preços nos últimos leilões de energia nova, a maior participação da fonte térmica, o risco de escassez de gás e outros fatores. A análise foi apresentada hoje durante o "Fórum de Tendências: Aliança do Brasil', pela especialista da Tendências Consultoria para o setor, Fabiana D´Atri. Ela lembrou que o aumento dos preços de energia impacta negativamente investimentos e crescimento econômico.

De acordo com a economista, os riscos de falta de energia são baixos. O motivo principal para isso é que o crescimento da economia em geral não será muito grande. Mesmo assim, disse, "não dá para bater o martelo" de que não haverá um racionamento, já que há fatores que podem afetar o cenário, como uma falta de chuvas, a possibilidade de usinas licitadas não serem construídas no prazo e problemas de atrasos relativos a licenças ambientais, entre outros.

O maior gargalo é o gás, avalia. Ela prevê que o problema vai se manifestar pelo aumento de preços do produto. "De onde virá combustível para toda essa demanda (por gás)? Se faltar gás, há diesel suficiente?", disse. Ela lembrou fatores de incerteza sobre o fornecimento de gás futuramente como o de que a Bolívia não se mostrou um parceiro muito confiável e a possibilidade de atrasos nos projetos divulgados de expansão da oferta.

A especialista considera pouco provável que haja um reajuste nos preços dos combustíveis derivados do petróleo no mercado interno porque, com a queda no preço no mercado internacional, não há defasagem entre o preços internacionais e os internos. De acordo com ela, os preços internacionais da commodity tendem a mostrar menos volatilidade este ano do que no ano passado, "mas não há motivo para acreditar em preços muito inferiores". Os preços do petróleo devem ficar em 2007 em "um patamar ainda elevado em relação à média histórica".

A "queda vertiginosa" dos preços do petróleo que está acontecendo, após a "alta vertiginosa" ocorrida antes, não deve se sustentar, segundo a consultora, dadas as condições de oferta e demanda esperadas. "Por mais que tenham combustíveis alternativos, o mundo ainda depende de petróleo", disse Fabiana.





Fonte: AE

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