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Politica Brasil
Quarta - 22 de Novembro de 2006 às 14:44

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Em depoimento hoje à CPI dos Sanguessugas, Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, acusou o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), de receber dinheiro da máfia das ambulâncias, por meio de caixa dois na campanha presidencial de 2002. Expedito afirmou que teve acesso a 15 cheques, de contas do Banco do Brasil, que teriam sido destinados a pagamentos de restos de campanha do tucano naquele ano. Conforme informações da Agência Câmara, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da CPI, desqualificou a acusação de Expedito contra Serra. "Se o senhor tinha essa informação, por que não a revelou em seu depoimento na Polícia Federal? O senhor esqueceu isso na polícia e lembrou hoje", questionou. Sampaio disse que Expedito e Jorge Lorenzetti adotaram uma estratégia para desviar o foco das investigações sobre a compra do dossiê contra integrantes do PSDB.

Expedito aconselhou os deputados a investigar as empresas DataMicro Informática e Império Representações Turísticas, que teriam feito transferências bancárias de dinheiro para a campanha de Serra a mando do empresário Abel Pereira. O depoente disse que esta última empresa, sediada em Ipatinga (MG), também emitia passagens para a campanha de Serra. O dinheiro teria sido repassado às duas empresas pela família Vedoin.

Expedito, ainda em depoimento, disse que não se lembrava de ter ligado várias vezes para Gedimar Passos quando este estava no Hotel Íbis, em São Paulo, para negociar o dossiê contra integrantes do PSDB. Expedito colocou em dúvida o relatório elaborado pela Polícia Federal sobre a sua quebra de sigilo telefônico.

Em setembro, Expedito estava em Cuiabá acompanhando a entrevista de Luiz Antonio Vedoin à revista "IstoÉ". Passos estava em São Paulo com o empresário Valdebran Padilha, ocasião em que foram apreendidos R$ 1,7 milhão relativos à compra do dossiê. "Não me lembro de ter falado com Gedimar em São Paulo (por telefone)", disse Expedito.

Acareação

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI, contestou a versão do ex-diretor do BB. Segundo Gabeira, os telefonemas teriam ocorrido por causa de negociação financeira para a entrega dos documentos.

Diante do impasse, o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), sugeriu uma acareação entre Expedito e Gedimar Passos. "Por que não fazemos uma acareação entre Vedoin e Barjas Negri?", reagiu o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), sobre os cheques que teriam pago restos da campanha de Serra em 2002.





Fonte: AE

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