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Internacional
Terça - 21 de Novembro de 2006 às 16:47

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O ministro da Indústria do Líbano, Pierre Gemayel, assassinado nesta terça-feira, era o filho de uma das mais importantes dinastias políticas cristãs do país - apesar do próprio político nunca ter alcançado o auge do poder e influência ao qual chegaram outros membros de sua família.

O nome Gemayel está ligado ao partido maronita cristão de direita, o Falange, fundado pelo avô do ministro (também chamado Pierre) em 1936. O avô homônimo do político foi um dos principais personagens da sangrenta guerra civil que atingiu o Líbano durante as décadas de 70 e 80.

Mas, com o assassinato do carismático filho e sucessor de Pierre, Bashir Gemayel em 1982, logo depois de ter sido eleito presidente do Líbano, o partido sofreu com divisões e viu sua importância diminuir.

O irmão de Bashir, Amin, foi eleito presidente e o partido - fundado segundo uma ideologia nacionalista cristã de direita - começou a ser influenciado pela Síria.

Exílio No final de seu mandato em 1988, Amin levou sua família - incluindo Pierre - para o exílio voluntário, esperando que este afastamento fosse acabar com as divisões que existiam naquele tempo entre várias facções libanesas.

Da França, Suíça e Estados Unidos, Amin trabalhou para dar apoio ao crescente movimento para colocar fim ao controle político e militar imposto pela Síria ao Líbano, uma conseqüência da guerra civil, quando as forças sírias entraram no país (a pedido do partido Falange) para impor a paz.

Amin retornou ao Líbano em 2000 e, no mesmo ano, seu filho Pierre Gemayel concorreu e ganhou uma vaga no Parlamento com uma campanha contra a Síria.

Pierre assumiu o cargo de ministro da Indústria depois da vitória da campanha contra a Síria nas eleições, que ocorerram após o assassinato do popular ex-primeiro-ministro Rafik Hariri.





Fonte: BBC Brasil

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