Maioria de governadores "rompe relações" com governo de Morales
Os governadores de Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija, Cochabamba e La Paz rechaçam a intenção do governo de aprovar uma lei de fiscalização da gestão dos Estados.
"Romper a relação com o Poder Executivo Nacional. Não responder a qualquer convocação feita pelo presidente da República, até que se modifique a linha governamental na lei que significa a desestabilização institucional das autoridades eleitas pelo voto popular", declarou o documento de Trinidad divulgado neste domingo.
Na mesma cidade, o presidente Morales criticou a decisão dos governadores e defendeu a proposta de fiscalização que planeja seu vice-ministro da Descentralização, Fabián Yaksic.
"Se há transparência no uso do dinheiro público... nenhuma das autoridades nacionais deve ter medo do povo e de suas instituições", disse o presidente durante um evento.
O projeto de lei de fiscalização do trabalho dos governadores surgiu diante "da ausência de um mecanismo que permita controlar o trabalho dos governadores".
Os seis governadores que pertencem a partidos de oposição também repudiaram a decisão do Movimiento Al Socialismo (MAS) de impor na Constituinte, assembléia que acontece na cidade de Sucre, onde se aprovou na quinta-feira passada um regulamento de votação-chave para a redação da nova Constituição da Bolívia.
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