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Nacional
Domingo - 19 de Novembro de 2006 às 17:03

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Gradativamente, os projetos de geração termelétrica a partir do carvão estão se tornando uma realidade na matriz energética brasileira. Obras de expansão - a exemplo da Fase C da térmica de Candiota - e novos projetos, como a unidade de Seival, se preparam para sair do papel em 2007.

Segundo a Eletrobrás, o que tem facilitado a aceitação dos projetos, ambos na região Sul, é exatamente a decisão de empreendedores de investir nessas novas tecnologias de queima limpa do carvão, com aquisição de equipamentos que controlam a emissão de óxidos de enxofre (SOx), de nitrogênio (NOx) e de cinzas.

As obras de Candiota, de propriedade da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), empresa do Grupo Eletrobrás, devem começar em janeiro do próximo ano. De acordo com o engenheiro da empresa, Hermes Ceratti, a montagem das caldeiras da unidade, que terá capacidade instalada de 350 megawatts, será realizada em outubro.

A conclusão do empreendimento está prevista para dezembro de 2009. No ano seguinte, a usina poderá entregar a energia contratada no leilão de energia nova realizado em dezembro de 2005.

Na ocasião, a subsidiária da Eletrobrás conseguiu vender 292 megawatts médios até dezembro de 2024, o que garante uma receita anual de R$ 331 milhões e R$ 4,8 bilhões ao longo do período. Para Caratti, a venda foi um marco importante para a retomada do projeto de expansão de Candiota, concebido na década de 80.

"O interesse dos chineses pelo empreendimento também foi fundamental. As negociações começaram no fim de 2004, culminando no financiamento de 90% do investimento total de US$ 450 milhões concedido pelo China Development Bank (CDB). O restante dos recursos sairá dos cofres da própria CGTEE".

A meta da CGTEE é expandir o parque gerador, tendo como carro-chefe o carvão. A companhia já finaliza as negociações para a construção da Fase D de Candiota, que teria capacidade de 300 megawatts.

"A idéia é construir a nova térmica a seis quilômetros do terreno onde está localizada a térmica de Candiota", diz o executivo. Segundo ele, cerca de 160 a 200 megawatts da unidade seriam comercializados com o Uruguai e o restante, vendido no mercado nacional.

No caso da térmica Seival, os empreendedores estão concluindo alguns arranjos para levar o projeto para o próximo leilão de energia nova, previsto para o primeiro trimestre de 2007. A idéia é iniciar o mais rápido possível as obras da unidade, que terá capacidade de 500 megawatts.

De acordo com a Eletrobrás, a Seival já tem licença ambiental e a outorga do uso da água. A unidade, que terá investimentos da ordem de US$ 850 milhões, será construída próxima à mina de Seival (no extremo sul do território gaúcho), fornecedora do insumo para a geração térmica.

Além dos projetos de Candiota Fase C e Seival, está prevista a construção da unidade de Jacuí, com 350 megawatts. Os investimentos para a construção desta unidade seriam de US$ 500 milhões.





Fonte: Terra

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