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Nacional
Quinta - 16 de Novembro de 2006 às 14:35

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Foi instalado hoje (16), em Brasília, o Comitê de Ajudas Técnicas, voltado às pessoas com deficiência. Integrantes da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde, ligada à Presidência da República), especialistas no assunto e membros da sociedade civil participam de discussões para desenvolver tecnologias que facilitem o dia-a-dia dessas pessoas.

Falar em ajuda técnica não se resume em uma cadeira de rodas ou em um aparelho auditivo. Trata-se de todos os instrumentos que possibilitem a inclusão das pessoas de deficiência na sociedade. Uma pessoa que tenha uma deficiência na mão, por exemplo, e não consiga abotoar uma camisa, terá um aparelho especializado para isso. A partir da disponibilização desses equipamentos, limpar a casa, lavar roupas e brincar com animais domésticos serão atividades fáceis de executar.

De acordo com o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Antonio Nunes Barbosa Filho, é importante que, além estar disponíveis no mercado, os equipamentos obedeçam a padrões de qualidade da norma internacional ISO 9.999. Atualmente, existem produções nacionais isoladas dessas mercadorias. Para o professor, o intuito do comitê é integrar essas ações e difundir esses conhecimentos para a sociedade brasileira.

"Lá na UFPE eu trabalho com cadeira de rodas. No núcleo de computação eletrônica do Rio de Janeiro tem um programa de um ledor que transforma informações do computador para um sistema audível para pessoas com deficiência visual. Como esses, podemos citar uma série de exemplos que estão isolados. A idéia é tornar esse trabalho em uma rede cooperativa para que possamos avançar mais rápido e tornar esses equipamentos disponíveis mais cedo para a população brasileira", afirmou.

Segundo dados do censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil 24,6 milhões de pessoas com deficiência. Nem todas têm poder aquisitivo para adquirir equipamentos que os auxiliem nas tarefas cotidianas. Por isso, de acordo com a coordenadora nacional da Corde, Izabel Maior, o Sistema Único de Saúde (SUS) que já é um grande comprador de equipamentos de ajuda técnica poderá disponibilizar de graça para a população produtos de qualidade, na medida em que a fabricação avançar.

"Com as discussões, podemos aprimorar os equipamentos para que cheguem ao mercado com qualidade, certificado e um custo correspondente à realidade nacional, acessível para o SUS", disse.

A reunião do Comitê de Ajudas Técnicas vai até amanhã, quando serão decididos prazos para os próximos encontros e as metas a atingir.





Fonte: Agência Brasil

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