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Agronegócios
Sábado - 11 de Novembro de 2006 às 20:51

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Ao mostrar o que acontece com a produção agrícola da “porteira pra fora” aos estudantes de agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o seminário sobre “Comercialização: Novos Caminhos para Garantir a Rentabilidade do Setor Agropecuário”, mais do que informar, despertou a atenção dos futuros agrônomos para um novo mercado de trabalho. Este é um dos pontos positivos apontados pelos organizadores que em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) promoveram o seminário, nesta sexta-feira, no auditório da Faculdade de Medicina Veterinária (Famev).

Para o representante do Centro Acadêmico do curso, Miguel Locatelli, os alunos que, até então, não conheciam os mecanismos de comercialização, agora têm uma visão mais concreta. “Nós não sabíamos como funcionava o mercado e vimos como os corretores lucram com a venda da produção. Por que não, como engenheiro agrônomo, também fazer parte deste processo?” questionou o universitário. Rodrigo Pozzobom, um dos organizadores do evento e estudante de agronomia, disse que o seminário, que contou com 180 participantes, superou as expectativas. “A Famato nos mostrou as ferramentas existentes no mercado para a comercialização dos produtos e vários outros aspectos da cadeia produtiva que nós ainda não conhecíamos. Eu tenho certeza que os participantes têm na bagagem um novo leque de conhecimento sobre este ramo”, garantiu.

Palestras e debates sobre temas relacionados à comercialização da produção agropecuária foram realizados durante todo o dia. A solenidade de abertura, ás 8h30, além de estudantes contou com a presença de coordenadores dos cursos de Agronomia, Veterinária e Economia e do diretor tesoureiro da Famato, Eduardo Alves Ferreira Neto.

Mercado - Eduardo lembrou que a comercialização é um dos principais desafios enfrentados pelos produtores rurais de Mato Grosso. Segundo ele, as informações sobre esta etapa da produção, são importantes subsídios para os estudantes que ao saírem a universidade terão conhecimentos concretos sobre o assunto. “E fundamental que os estudantes saiam daqui com um “retrato” do que é o setor produtivo e os principais desafios do setor. Este intercâmbio vai colaborar no sentido de embasar os conhecimentos teóricos destes estudantes para que, quando entrarem no mercado de trabalho, estejam preparados para desempenhar suas funções com mais capacidade” afirmou Eduardo Alves.

Na palestra proferida pela doutora professora do departamento de Zootecnia e Extensão Rural da UFMT, Regina Célia de Carvalho, o destaque foi a importância do planejamento na atual situação da agricultura em Mato Grosso. Regina Célia disse que toda e qualquer empresa rural tem que ter planejamento pois, sem isso, não é possível ter uma diretriz da produção. Ela lembrou que a maior parte dos produtores ainda não faz o planejamento adequado. “Muitos produtores realizam a aquisição de insumos, por exemplo, analisando o comportamento do mercado e age de acordo com a tendência, sem elaborar uma planilha de custos e sem conhecer a realidade deste mercado” alertou.

As informações técnicas e os números da produção em Mato Grosso foram repassados pela representante do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) Anamaria Gaudencio Martins. Ela fez uma ampla explanação sobre os reflexos do crédito rural de suas implicações no custo final de produção. Anamaria explicou que existem diversas modalidades de crédito rural e que os produtores precisam estar atentos na hora de definir a comercialização do crédito. Os coordenadores das centrais de comercialização de grãos (CentroGrãos) e de bovinos (CentroBoi), da Famato, João Birkhan e Luciano Vaccari, apresentaram detalhes da exportação direta de soja e do mercado futuro.

Já o jornalista Sergio Oliveira, editor da Revista Produtor Rural, enfocou o tema “A denominazação do agronegócio: a participação da mídia na construção de barreiras aos produtos agropecuários brasileiros”, mostrando o outro lado dos problemas enfrentados por quem produz alimentos. Representantes da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), também mostraram como é o mercado da cultura no estado que detém o primeiro lugar na produção nacional.





Fonte: Da Assessoria

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