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Nacional
Quarta - 08 de Novembro de 2006 às 23:40

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (8), em entrevista à imprensa, que "ainda não pensou num único nome, nem quem fica e nem quem sai" de seu governo. "Na hora que eu tomar a decisão vocês vão saber. Tem momento para tudo. Não vão ser as manchetes, as notícias que saem que vão me fazer tirar ou colocar um ministro. Eu tenho todo o tempo do mundo e vou fazer isso com a tranqüilidade de quem precisa acertar", afirmou.

Hoje, ao discursar na cerimônia de encerramento da Primeira Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, logo depois do ministro da Educação, Fernando Haddad, o presidente Lula disse que iria denominar o dia de hoje "como o Dia do Fico do Fernando Haddad".

Lula depois explicou ter feito a declaração porque a platéia começou a gritar "fica, fica", e tinha que dar uma resposta aos estudantes. "Mas eu quero dizer para vocês que até o dia primeiro de janeiro todo mundo é ministro. Depois desse dia, vamos ver o que vai acontecer", afirmou aos jornalistas.

O Dia do Fico, 9 de janeiro de 1822, marca a decisão do príncipe regente D. Pedro I contra as ordens das cortes portuguesas que exigiam sua volta a Lisboa. Na ocasião, ele disse "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico". O Dia do Fico representa, desde então, não só a desobediência às Cortes, mas também o início do processo de separação do Brasil de Portugal.

Ainda na entrevista, o presidente Lula disse que no momento está mais preocupado com a questão da infra-estrutura. E anunciou que até o final deste mandato quer trabalhar junto aos ministros no sentido de acelerar as obras de infra-estrutura no país.

"Eu estou muito tranqüilo. Temos ainda dois meses de mandato para cumprir. O outro (mandato) vai começar só em 1º de janeiro. O que estou fazendo agora é me reunindo com os ministros para ver a questão da infra-estrutura, aonde estão as dificuldades, aonde temos problemas de licenciamento prévios, aonde temos problemas de recursos, porque quero anunciar medidas nesta área ainda este mês, ou mais tardar no começo de dezembro", disse.

Ainda sobre o futuro governo, Lula adiantou que será composto de uma forma diferente. "Nós não vamos fazer uma salada de frutas. Eu quero construir alianças com partidos políticos, quero discutir com seriedade. O que importa são as políticas publicas que o governo vai colocar em prática. O PT vai ter a participação no governo que tem o tamanho do PT, aliás o PT já tem o cargo mais importante no governo, que é o presidente da Republica, ou seja, já é uma boa representação".

Sobre o crescimento da economia para os próximos anos, Lula disse estar convencido de que as coisas estão no caminho certo e que há perspectivas de que o país cresça nos próximos anos mais do que o habitual.

"E nós vamos trabalhar para fazer aquilo que é a parte do governo. O meu problema agora é tentar destravar todas as coisas que podem dificultar os investimentos, e quero ver se anuncio as medidas antes de tomar posse. Eu não tenho meta. Tenho compromisso de fazer a economia crescer e vou fazê-la crescer".

O ministro da Educação, Fernando Haddad, também falou com imprensa ao deixar a cerimônia de encerramento da Primeira Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. Ao ser indagado sobre a declaração do presidente da possibilidade de ficar no cargo por mais quatro anos, Haddad respondeu: "Não cabe a mim decidir essa questão. Isso é atribuição do presidente. O que eu estou preocupado neste momento é com o destino da educação do nosso país", disse.





Fonte: Agência Brasil

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