Loja que vendia preservativos com a imagem de Mao é fechada

Os populares preservativos Lady Killers, que traziam a imagem do ex-presidente chinês Mao Tsé-tung na embalagem, foram proibidos por violar as normas de propaganda e de qualidade, informou hoje o jornal "China Daily".

O jovem empresário que projetou os preservativos, Zhang Zhiwen, recebeu a ordem de fechar sua loja e retirar a mercadoria do mercado devido a suas "embalagens inapropriadas", depois de as autoridades receberem várias queixas dos cidadãos.

Além disso, a Polícia descobriu que os preservativos eram guardados num armazém sem as permissões necessárias.

"Os preservativos não eram simplesmente produtos, e sim obras de arte", disse Zhang, um ex-estudante de 25 anos da faculdade de Design e Publicidade da cidade de Ningbo, na província de Zhejiang, no leste do país.

Após deixar seus estudos há dois anos e inspirado por uma popular loja de preservativos de Taiwan, ele teve a idéia de embalar os preservativos em caixinhas de metal decoradas com "desenhos divertidos" e imagens de personagens históricos.

Entre os homenageados está ainda Lei Feng, um jovem soldado do Exército Popular de Libertação que morreu num acidente, aos 22 anos, e foi transformado em herói pelo próprio Mao. Lei foi apontado como exemplo para todos os chineses por sua modéstia e abnegação.

Com a popularidade do produto, Zhang começou a vender preservativos pela internet.

"Não tenho nem idéia do que vou fazer. Estou no negócio dos preservativos há mais de dois anos", disse o jovem empreendedor, que agora pensa em retomar seus estudos.