Admitindo erro em 2002, Lula prevê mais poder ao PMDB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não vai "repetir os erros de 2002" na formação do ministério para o seu segundo mandato. Ele pretende reduzir o espaço que deu ao PT quatro anos atrás e ampliar a participação do PMDB. Lula quer também diminuir o número de cargos a candidatos derrotados nas eleições estaduais e chamar nomes de peso do empresariado, como Jorge Gerdau.

Os objetivos para o novo ministério foram esclarecidos em reunião ontem com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e o vice-presidente José Alencar. Não estavam presentes os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Dilma Rousseff (Casa Civil). Tarso está em férias, e Dilma teve um princípio de pneumonia.

De acordo com a Folha de S.Paulo, Thomaz Bastos deve oficializar hoje, em conversa com Lula, o seu pedido de deixar o governo. Outro ministro que deve sair é Gilberto Gil (Cultura). Ele teria afirmado que a sua missão já estava cumprida e desejaria voltar à carreira artística.

Na reunião de ontem, Lula também afirmou que dará continuidade à sua agenda de viagens pelo Brasil, para vistoriar obras de infra-estrutura. Lula marcou para hoje uma reunião com os ministérios dos Transportes e de Minas e Energia para saber em que estágio estão os principais projetos do governo. A idéia é que as visitas comecem por obras como portos e estradas federais.