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Internacional
Segunda - 06 de Novembro de 2006 às 09:50

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O Exército israelense começou a se preparar para uma possível guerra contra a Síria e a milícia xiita libanesa do Hisbolá no verão de 2007 e por isso congelou uma série de planos destinados à reorganização de suas fileiras e à prevista redução do serviço militar obrigatório, segundo o jornal "Ha''aretz".

Os cálculos citados nos documentos analisados pelo Estado-Maior do Exército israelense são de que a Síria e o Hisbolá lançarão uma guerra contra Israel em julho, segundo a edição de hoje do jornal.

De acordo com a publicação, os membros do Estado-Maior do Exército israelense realizaram várias reuniões nas últimas semanas, nas quais expuseram suas considerações sobre a delicada situação na região, em geral, e na fronteira com o Líbano e a Síria, em particular.

Dos cinco cenários previstos pelos generais israelenses, o de uma guerra contra Síria e Hisbolá, ambos respaldadas pelo Irã, é o que o Estado-Maior considera mais provável.

Os altos comandantes militares israelenses, ainda segundo a versão do diário, não podem prever quando essa hipotética disputa se iniciaria, mas acham que o período mais vulnerável vai de abril a agosto de 2007. Por isso, decidiram não correr riscos e estar preparados até então.

Os preparativos incluem uma série de decisões a curto e médio prazo, entre elas a de deixar em suspenso a aplicação das reduções na prestação do serviço militar obrigatório dos jovens, agora estipulado em 36 meses para os homens e 24 para as mulheres.

O ministro da Defesa anterior, Shaul Mofaz, havia decidido reduzir o serviço militar em entre quatro e oito meses.

O Exército israelense considera que com a atual composição de forças poderá dedicar seus recursos a treinar em um curto período de tempo as diferentes divisões que, em caso de guerra com a Síria, deverão entrar em combate.

O recente conflito no Líbano, em julho e agosto, deixou em evidência a falta de preparação das divisões reservistas israelenses, que sofreram numerosas baixas e não cumpriram todos os objetivos.

O Exército israelense não suspenderá por enquanto a linha de produção do carro de combate Merkava-4, como estava previsto, já que o conflito contra o Hisbolá demonstrou ao Exército israelense que não pode confiar nas versões anteriores do veículo - a 2 e a 3 -, vulneráveis aos mísseis em poder da milícia.

O jornal acrescenta que outro preparativo, este em um prazo de três anos, será o de desenvolver um sistema capaz de interceptar mísseis terra-terra de médio alcance como os que a guerrilha libanesa disparou contra as cidades de Haifa e outras mais ao sul.

No longo prazo está a possível decisão de que o Comando para a Retaguarda passe de mãos militares a civis, frente ao fracasso do Exército para proteger e evacuar cerca de 700 mil civis que ficaram sob uma chuva de mísseis disparados do Líbano.





Fonte: EFE

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