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Economia
Segunda - 06 de Novembro de 2006 às 02:07
Por: Fabiana Reis

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O índice de não-conformidade encontrado no álcool e óleo diesel em Mato Grosso registrou aumento em setembro, quando 5,1% e 3,3% respectivamente, foram detectados nas amostras coletadas, ficando acima da média nacional. No mesmo mês do ano passado os dois combustíveis não apresentaram irregularidades.

Do álcool foram coletadas 92 amostras, e o percentual ficou acima da média do país, de 3,6%. De diesel foram analisadas 190 amostras no Estado e a média nacional foi de 1,9%. Segundo a superintendente de qualidade da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no Rio de Janeiro, Maria Antonieta Souza, mesmo com o aumento nos índices em setembro, os combustíveis de Mato Grosso estão entre os melhores do país e dentro dos níveis de qualidade estabelecidos internacionalmente.

"Para a gasolina, se encontrado até 3,5% de não-conformidade a qualidade do produto não fica prejudicada, segundo o nível internacional. No óleo diesel o percentual é de 3% e os dados do Estado estão dentro dos padrões mundial", avalia ao informar que diferentemente do Brasil, o álcool não é utilizado em outros países como combustível e por isso não há índice padrão de qualidade internacional.

A gasolina apresentou índice de concentração de irregularidades de 1,5% de um total de 171 amostras em setembro, ficando abaixo da média nacional, que registrou 4%. Em igual período de 2005 foram encontrados 2,9% de alteração, o que segundo a ANP não significa adulteração no combustível.

Dentre as alterações encontradas nos combustíveis mato-grossenses estão o pH (no álcool) e o enxofre associados ao corante (no diesel). Na avaliação da superintendente, no diesel pode ter ocorrido a adição de óleo vegetal ao combustível, o que é nocivo ao ambiente, por ter substâncias que causam câncer. "O produto não é queimado como deveria e libera a acroleína, altamente cancerígena", destaca Maria Antonieta. Ela acrescenta que a principal a consequência da utilização do produto alterado é o dano no motor do veículo.

No pH do álcool a superintendente da ANP supõe que tenha sido utilizado o álcool anidro (adicionado à gasolina), ao invés do hidratado, a principal alteração encontrada neste combustível. A substituição altera o teor alcóolico do produto, causando corrosão do motor pela alta acidez.

Para evitar o aumento nos índices de irregularidade, Maria Antonieta orienta que os revendedores atendam às especificações da ANP e complementa dizendo que as pesquisas mensais servem para nortear a fiscalização por parte da agência.




Fonte: A Gazeta

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