Caracas rejeita críticas da SIP e a acusa de explorar jornalistas
O ministro de Comunicação e Informação venezuelano, William Lara, assegurou em entrevista coletiva que a Venezuela é o país "do planeta com o mais alto grau de liberdade de expressão", em resposta às críticas do presidente da SIP, Rafael Molina.
Essa liberdade de expressão "é para todos os venezuelanos, não só para a elite acostumada a monopolizar o cenário político (...), e isso tem irritado certos setores", acrescentou o ministro.
Lara reiterou que a extensão da liberdade de expressão na Venezuela permite que setores da oposição cheguem "ao extremo de abusar dessa liberdade difamando, vilipendiando" e até insultando o chefe do Estado.
O alto funcionário perguntou se em outros países "poderiam ser tolerados os agressivos programas de opinião" de rádios e televisões locais e os editoriais de jornais que, segundo disse, fazem abertos chamados "insurrecionais".
Ontem Molina chamou Chávez de "intolerante" e disse que na Venezuela não existem as "condições ideais" para o exercício do jornalismo.
O presidente da SIP reagiu assim à ameaça lançada ontem por Chávez de retirar no próximo ano a concessão de algumas emissoras de televisão acusadas de promover sua saída forçada do poder.
O Governo venezuelano negou que ameace a liberdade de expressão ou persiga meios de comunicação, como denuncia a oposição, e ressaltou que o Estado é dono do espectro radioelétrico e a Constituição lhe outorga o poder de administrá-lo de acordo com os paramêtros estabelecidos na lei.
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