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Internacional
Sexta - 03 de Novembro de 2006 às 10:41

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Pelo menos 25 palestinos, na maioria milicianos, morreram na invasão israelense da cidade palestina de Beit Hanun, no extremo norte da Faixa de Gaza, que começou nesta quarta-feira, mas o Exército israelense afirma que são 34.

Fontes médicas palestinas disseram que a maioria dos 25 mortos é de milicianos, mas também há duas mulheres, uma criança de 4 anos e outros cinco civis não envolvidos nas hostilidades.

Apenas hoje, oito palestinos morreram em Gaza e já são mais de 100 feridos nos últimos três dias, alguns em estado grave.

Este número contrasta com os dados do Exército israelense, que afirma ter matado 34 palestinos nos últimos três dias em Beit Hanun, informou hoje a edição eletrônica do jornal israelense "Yedioth Ahronoth".

"Desde que o início da operação do Exército em Beit Hanun, 34 milicianos morreram em ataques aéreos e por terra, muitos deles tentavam lançar foguetes Qassam da região", afirmou a fonte do comando sul do Exército israelense citada pelo jornal.

Pelo menos quatro palestinos morreram em dois ataques aéreos israelenses contra o norte da Faixa de Gaza nesta madrugada, quando o Exército israelense intensificou sua operação.

Segundo testemunhas, um avião não tripulado do Exército israelense matou um palestino e feriu outros três, ao lançar um míssil contra um grupo de milicianos do Hamas, a leste do campo de refugiados de Jabalya.

Outros três palestinos morreram devido a um segundo míssil disparado meia hora depois contra a mesma área.

Horas antes, uma agente das forças de segurança palestinas morreu atingida por disparos do Exército israelense na cidade de Beit Hanun.

Meseda Hueihi, de 40 anos e integrante do movimento nacionalista Fatah, foi atingida quando tentava socorrer um grupo de milicianos cercados pelo Exército israelense em uma mesquita da cidade.

Durante horas, o Exército israelense cercou a mesquita An Nasser para obrigar os milicianos que tinham se escondido no local a se entregar, mas estes teriam conseguido escapar graças à manifestação de mulheres palestinas, na qual Hueihi morreu.

Segundo fontes palestinas, as tropas israelenses provocaram o desabamento do teto da mesquita, matando um dos palestinos que estavam dentro do prédio.

A rádio pública israelense informou que o Exército de Israel também matou um ativista da Jihad Islâmica hoje, em Beit Hanun.

Na quinta-feira, quatro palestinos morreram em Beit Hanun, três deles por tiros de atiradores de elite israelenses e um, de 75 anos, por ataque cardíaco, informaram fontes médicas palestinas.

Os soldados israelenses ocuparam toda a cidade e tomaram posições em casas no centro da cidade.

Moradores da região, de mais de 20 mil habitantes, afirmaram que o Exército impôs um toque de recolher e ordenou que todos os homens de 16 a 45 anos se concentrassem em uma escola da localidade. Pelo menos 100 pessoas teriam sido detidas.

A operação israelense "Nuvens de Outono" contra a cidade de Beit Hanun começou na quarta-feira.

Um militar israelense citado pela rádio disse que é uma operação em grande escala que continuará pelo tempo que for necessário.

Enquanto isso, na cidade de Nablus, na Cisjordânia, o Exército israelense matou Ahmed Sanakra, um dirigente das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, e feriu seu irmão gravemente.

Segundo o Exército, Sanakra foi morto enquanto preparava um carro-bomba.

Fontes palestinas informaram que a vítima fatal era um rapaz de 15 anos, irmão de um miliciano das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, que ficou ferido.

Na cidade de Ramala, o Exército deteve o ministro de Habitação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Abdel-Rahman Zidan, em casa.

O vice-primeiro-ministro da ANP, Nasser al-Din al-Sha''er, denunciou a detenção como um ataque contra a legitimidade palestina e uma tentativa de atacá-la.





Fonte: EFE

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