Kate Moss precisa conhecer vítimas da droga, diz vice-presidente colombiano
"Infelizmente há uma glorificação da cocaína, e Kate Moss personifica essa atitude, sem se dar conta de que a droga está untada de sangue de cima a baixo", afirmou Santos, que viajou a Londres acompanhado por cinco mulheres vítimas da violência praticada por grupos armados financiados com o narcotráfico.
As cinco mulheres, entre elas uma jovem mutilada por mina, que foi mantida refém durante vários anos por um grupo armado, outra que perdeu o irmão e a sua melhor amiga num atentado, uma deslocada, contaram em Londres sua história, para fazer lembrar aos britânicos que a cocaína que consomem significa morte, sangue, violência e destruição na Colômbia.
"Gostaria que Kate Moss reservasse cinco minutos de seu tempo para conhecer essas cinco mulheres, para que contassem a ela o que uma noite de festa, ou de cocaína, causa na Colômbia", declarou Santos à AFP, depois de apresentar em Londres a campanha intitulada "a maldição da cocaína".
"A coca está sendo vista como se fosse champanhe, uma droga que não causa dano, a droga do sucesso", denunciou o político colombiano, ao apresentar a campanha para 13 dirigentes de organizações da luta contra os narcóticos na Europa.
O político colombiano rejeitou, no entanto, que estaria visando Moss especialmente, como anunciou o diário britânico Evening Standard.
"Pobre Kate Moss. Ela tem um problema. Mas personifica a atitude de que a cocaína é glamour, uma droga limpa, a droga do sucesso".
Segundo um informe recente da IDMU, Independent Drugs Monitoring Unit, quase 12% por cento da população de entre 15 a 34 anos na Grã-Bretanha consome cocaína, o que representa o percentual mais alto na Europa.
Comentários