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Internacional
Quarta - 01 de Novembro de 2006 às 15:46

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A Autoridade Monetária de Hong Kong não quis comentar hoje o suposto depósito de 9 toneladas de ouro, que pertenceriam ao general Augusto Pinochet, em um banco da região.

"Não fazemos comentários sobre rumores relativos às entidades bancárias e financeiras instaladas em Hong Kong, ou sobre depósitos individuais efetuados nessas instituições", afirmou hoje a entidade em comunicado.

No entanto, a instituição lembrou que as entidades e organizações financeiras da ex-colônia britânica devem seguir procedimentos contra lavagem de dinheiro determinados pela Autoridade Monetária, e estabelecer sistemas eficientes de controle.

"Nossa vigilância, porém, inclui a eventual presença física de um representante da Autoridade na entidade que tenha eventualmente infringido os regulamentos", concluiu.

Um porta-voz do Hong Kong & Xangai Banking (HSBC) reiterou hoje que a investigação sobre o suposto depósito de ouro de Pinochet continua, embora nada tenha sido descoberto até o momento em nome do general chileno.

A mesma fonte disse ainda que o Governo do Chile não havia contatado a instituição para falar a esse respeito.

Em 26 de outubro, o HSBC garantiu que os documentos que atribuem depósitos em ouro no valor de US$ 160 milhões ao ex-ditador chileno são "falsos".

O banco afirmou que, após revisar os documentos enviados pelo Conselho de Defesa do Estado do Chile sobre um depósito de 9 toneladas de ouro, supostamente pertencentes a Pinochet, concluiu que a documentação não é verdadeira.

No entanto, o comunicado emitido pelo HSBC afirmou que a entidade continuará cooperando com as autoridades chilenas, caso seja necessário.

O intermediário financeiro Al H. Landry, que entregou os documentos em 11 de outubro no Consulado do Chile em Los Angeles, voltou a confirmar a autenticidade do dossiê, que assegura que o ex-ditador Augusto Pinochet tem 9 toneladas de ouro depositadas em um banco de Hong Kong.

Landry diz que recebeu de outro operador, Kevin Shany, uma oferta de venda do ouro. Shany tentava negociar nos mercados financeiros os certificados do HSBC que pertenceriam a Pinochet.

"Não acredito que seja uma fraude. Tudo aponta para a legitimidade dos documentos. Tudo. De forma que, se o banco diz que não são autênticos, simplesmente duvido que esteja correto", declarou Landry.

"Tenho experiência suficiente para dizer que os documentos são verdadeiros. Reviso centenas, senão milhares de documentos por ano.

Temos um método para determinar se são verdadeiros", afirmou hoje o operador.

Informações vindas de Santiago do Chile afirmaram que o juiz Juan González determinou o envio de um precatório a Hong Kong para estabelecer a veracidade do depósito supostamente pertencente ao ex-ditador (1973-1990).

Segundo a família e pessoas próximas a Pinochet, a informação não passa de perseguição política.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse na quarta-feira que o Governo se limitou a encaminhar aos tribunais uma informação recebida em uma representação diplomática no exterior.





Fonte: EFE

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