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Politica Brasil
Segunda - 30 de Outubro de 2006 às 20:02

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Nos próximos dias, Gilberto Gil será procurado pelo presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva para conversar sobre o futuro do Ministério da Cultura (MinC), pasta que ocupou no governo que acaba.

Dirá que tomou a decisão de não continuar, por considerar cumprida a missão de dar maior visibilidade ao MinC e também por querer retomar a carreira artística. E indicará, para o cargo, o sociólogo Juca Ferreira, atual secretário-executivo do ministério. "Mas não descartaria, diante de novo convite de Lula, por quem Gil tem profunda admiração, que volte atrás e continue no ministério", diz fonte próxima do ministro.

Essa é a opção com que sonha a maior parte da classe artítica, que considerou positiva a atuação de Gil. "Ele deu um nível de exposição inédito ao ministério. A cultura hoje está num patamar superior", elogia o cineasta Cacá Diegues, em relação a programas de divulgação da cultura brasileira, como Ano do Brasil na França e Copa da Cultura.

"Com a experiência, o trabalho tende a render mais frutos. Espero que o diálogo com a classe aumente", afirma o diretor de cinema e teatro João Falcão.

Fábio Barreto aponta para a evolução do setor audiovisual. "Estamos próximos do necessário para uma industria cinematográfica", diz o cineasta. O diretor teatral Felipe Hirsch cobra maior agilidade. "Houve um não-apontar de rumos que durou dois anos, mas acredito que um segundo governo seja mais dinâmico."

Programa de governo inclui a criação do Ticket Cultural A principal proposta do programa de governo do PT para a Cultura será a criação do Ticket Cultural, com princípios semelhantes ao dos vales Transporte e Refeição. Em junho, O DIA antecipou a criação do tíquete, que permitirá a democratização do acesso a produtos e bens culturais para a população mais pobre.

O programa de governo de Luiz Inácio Lula da Silva prevê a criação de mecanismos de financiamento para concretizar a idéia. Também está prevista a conclusão da revisão do Fundo Nacional de Cultura e demais Leis de Incentivo, para torná-las mais transparentes.

A descentralização de projetos, que marcou o primeiro mandato, será apoiada por uma rede de ações articuladas entre Educação, Cultura e Comunicação, sempre respeitando a diversidade cultural do País, além de fortalecer parcerias com estados e municípios.

Antônio Grassi prevê crescimento Uma das principais, e mais polêmicas, diretrizes do Ministério da Cultura, a descentralização de projetos do eixo Rio-São Paulo rendeu, na opinião do presidente da Funarte (Fundação Nacional de Arte), Antônio Grassi, resultados muito positivos.

Em sua gestão, o órgão ganhou força, conquistou o apoio de estatais e passou a publicar editais de fomento e circulação. "Existiam secretarias em Brasília que se ocupavam das mesmas funções que a Funarte (música, artes cênicas e artes plásticas). O órgão era quase decorativo, estava em vias de extinção. Agora, deixou de exercer um papel secundário e tornou-se protagonista", diz Grassi.

"A grande novidade foi que conseguimos trabalhar dentro desta ótica, com editais separados por região, para que a concorrência não fosse desvantajosa para ninguém", conta.

Foram criados os prêmios Miriam Muniz, de teatro, e Klaus Vianna, de dança, o Projeto Pixinguinha, um prêmio de estímulo ao circo e a digitalização do acervo da Funarte, entre outros projetos. "Apenas este ano, contemplamos 526 companhias e grupos de dança e teatro", informa Grassi, prevendo evolução para os próximos quatro anos. "Daqui para a frente, a Funarte poderá contribuir ainda mais com a cultura."





Fonte: O Dia

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