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Cultura
Segunda - 30 de Outubro de 2006 às 18:43

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Para ampliar horizontes sonoros e dar oportunidade ao público de conhecer inovadoras linguagens musicais, Mato Grosso afina os instrumentos para apresentar, não só aos mato-grossenses, mas ao Brasil, a II Bienal de Música Brasileira Contemporânea, que acontece entre 15 e 26 de novembro. Os sons deste evento começam a ser ouvidos a partir de amanhã (31), às 20h, no hotel Deville, onde acontece o lançamento oficial. O evento é destinado a autoridades, representantes da área cultural, músicos, artistas, imprensa e convidados, que poderão apreciar uma breve apresentação dos compositores Roberto Victorio e Teresinha Prada, grandes nomes de Mato Grosso e detentores de reconhecimento internacional.

A idéia de realizar uma Bienal para consolidar os caminhos da música contemporânea no Estado foi do regente, diretor musical, compositor, doutor em etnomusicologia e docente da UFMT, Roberto Victorio; e da compositora, docente, especialista em música brasileira e coordenadora da Orquestra de Câmara da UFMT, Beth Alamíno. Ela explica que, embora a música contemporânea não seja largamente conhecida como tal, a convivência com ela é diária. Isso porque esta música, que é de vanguarda, pode ser traduzida nos sons produzidos do dia-a-dia, lapidados num mosaico sonoro intrigante. “É uma música que ouvimos a todo instante, decorrente das tarefas cotidianas, nas conversas misturadas com sons da natureza”, exemplifica professora Alamino.

Para melhor compreensão, a regente compara a música contemporânea com a música de Vila Lobos que, num primeiro momento, corre o risco de não ser entendida. Vila Lobos, aponta ela, durante a Semana de Arte Moderna de 1922, chegou a chocar a sociedade ao apresentar um estilo de música diferente do clássico. Alguns críticos chegaram a compará-lo (o estilo) a ‘guinchos’, tamanha a ousadia do que foi mostrado pelo compositor. No entanto, revelou-se depois que ele apenas abria espaço para uma nova musicalidade e para a qual tendia o mundo dos anos 20. Hoje, tornou-e unanimidade afirmar que ele deu um passo importante para a liberdade na produção musical.

Além dos concertos com a participação de músicos de reconhecimento internacional, a II Bienal vai homenagear um dos maiores ícones da música contemporânea nacional. Trata-se de Marisa Rezende, considerada maior compositora de música de concerto do país, e uma das melhores do mundo, com uma poética inconfundível.





Fonte: 24HorasNews

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