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Politica Brasil
Segunda - 30 de Outubro de 2006 às 18:08

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O deputado Eliene Lima (PP) apresentou projeto de lei que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar o parto humanizado, sem dor, em adolescentes, entre 12 e 18 anos, que estejam em sua primeira gestação.

O parto humanizado compreende a presença do companheiro ou alguém da família para acompanhar o nascimento da criança; orientações passo a passo sobre o parto e os procedimentos que serão adotados com a adolescente e o bebê; oferecimento de líquidos (água, suco), pois o trabalho de parto pode durar até 12 horas; liberdade de movimentos durante o trabalho de parto, sendo que a adolescente poderá caminhar sem restrições; opção de escolher a posição mais confortável para o parto; aplicação da analgesia de parto nas adolescentes primigestas; contato imediato com o bebê logo que nasce e alojamento conjunto, para que o bebê fique o tempo todo perto da mãe recebendo seu carinho e atenção.

O deputado ressalta que a gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias. Eliene cita que no Brasil, a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70.

“A gravidez na adolescência é um problema que deve ser levado a sério e não deve ser subestimado, assim como deve ser levado a sério o próprio processo do parto. Este pode ser dificultado por problemas anatômicos e comuns da adolescente, tais como o tamanho e conformidade da pelve, a elasticidade dos músculos uterinos, os temores, desinformação e fantasias da mãe ex-criança, além dos importantíssimos elementos psicológicos e afetivos possivelmente presentes”, ressalta o parlamentar.

O objetivo do projeto é garantir que sejam evitadas até mesmo as cólicas do trabalho de parto, diminuindo o sofrimento destas adolescentes. O anestesista, após instalar essa analgesia, deverá estar ao lado da gestante, controlando o procedimento feito. O obstetra da mesma forma, inclusive porque, a cada 2 horas, deverá examinar a gestante por meio do toque vaginal, verificando a progressão da dilatação do colo e da cabeça fetal, descendo pelo canal de parto.

“Há necessidade, ainda, de se ter o pediatra presente no momento do parto para o atendimento ao recém nascido. Isso é dispendioso, mas trata-se da valorização da mulher e da criança, haja vista que as mães adolescentes não passam de meninas despreparadas para exercerem a maternidade”, conclui Eliene.





Fonte: 24HorasNews

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