Para Serys, dossiê impediu a vitória de Lula no 1º turno

A senadora Serys Marly, derrotada ao governo do Estado no primeiro turno, votou um pouco antes da 10 horas, na escola Vera Pereira do Nascimento, no bairro Grande Terceiro. Ela já se mostrava bastante confiante na vitória do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. Para ela, a expectativa era de que conseguisse uma vantagem de mais de 20 pontos percentuais sobre Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a senadora, a vitória poderia ter vindo já no primeiro turno, não fosse alguns fatores como o caso do dossiê, o clima de "já ganhou" e a ausência nos debates.

Serys ressaltou que uma boa vitória de Lula seria importante para que chegasse "com a força do povo" ao governo. Isso, em sua opinião, o ajudaria a "fazer aquelas mudanças que não foram possíveis de serem feitas no primeiro mandato". Referindo-se aos índices das pesquisas de opinião veiculadas nos dias que antecederam a eleição, Serys disse que o povo brasileiro parecia estar dando a resposta de que queria dar a Lula a força que precisava.

A senadora mostrou-se esperançosa numa mudança em relação à votação experimentada por Lula no Estado no primeiro turno. "Agora, aqui em Mato Grosso, a gente espera a virada, que consiga a maioria que não foi conseguida no primeiro turno". Perguntada sobre se acreditava que o apoio dado pelo governador reeleito Blairo Maggi faria diferença nesse caso, comentou: "espero que ajude".

Para ela, o governador "fez a opção pelo melhor projeto. A opção ele fez não foi por isso ou por aquilo, porque é o melhor projeto, que é o do presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores. Aguardamos que Mato Grosso mostre que é possível também ter maioria para apoiar o presidente Lula".

Influências - Serys analisou que os quatro últimos debates na TV foram muito importantes, relevantes para o eleitor se posicionar. Para ela, a não-participação de Lula nos debates anteriores foi um dos fatores que fizeram com que não ganhasse no primeiro turno. Assim como o clima de "já ganhou", salientou.

Outro fator, apontou, foi "esse disparate, essa barbaridade do dossiê desses aloprados que fizeram essa armação". A seu ver, o caso prejudicou bastante o presidente Lula. "Não consigo entender como alguém faz uma coisa dessas e a oposição fica dizendo que foi para favorecer o presidente, quando a gente sabe que só desfavoreceu o presidente esse alarde todo que foi feito".