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Politica Brasil
Domingo - 29 de Outubro de 2006 às 12:49

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas deverá começar a ouvir nesta semana os envolvidos na tentativa de compra de um dossiê que apontaria o envolvimento de políticos tucanos no esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento.

Para terça-feira (31), foram marcados depoimento de Gedimar Passos, Valdebran Padilha e Jorge Lorenzetti. Passos e Padilha foram presos em São Paulo com cerca de R$1,7 milhão que seriam utilizados na compra do dossiê contra políticos.

Lorenzetti chefiava o núcleo de informações e inteligência da campanha à reeleição de Lula. Em depoimento à Polícia Federal, admitiu ter interesse no dossiê, mas que recusou pagar por ele.

Lorenzetti entrou no Supremo Tribunal Federal com pedido de hábeas corpus. De acordo com o STF, ele quer preservar as garantias constitucionais de investigado, e não prestar as informações como testemunha para que não seja compelido a firmar termo de compromisso. Deste modo, ele teria assegurado o direito ao silêncio, a fim de não se auto-incriminar, bem como o de ser assistido por advogado, no depoimento. O pedido será analisado pelo ministro Carlos Ayres Britto.

O advogado Gedimar Passos também impetrou um hábeas corpus no STF, com pedido de liminar, para ter direito a permanecer calado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas. Ele foi convocado para prestar depoimento na condição de testemunha.

A defesa de Gedimar alega que está na iminência de "sofrer a mesma represália e o mesmo constrangimento" pelo qual diz ter passado quando foi argüido pela Polícia Federal. A PF está investigando Gedimar pelos supostos crimes de lavagem de dinheiro. Ele também foi indiciado por ocultação de documento.

No habeas corpus, Gedimar conta que teve, por duas vezes, seu pedido de prisão temporária decretada, sendo que uma delas foi cumprida. O advogado afirma que, quando foi interrogado pela segunda vez, no dia 19 de setembro, se valeu do direito de permanecer em silêncio e "foi – expressamente por causa disso – indiciado" pela PF.

A defesa de Gedimar requer a concessão de liminar para que não precise assinar o termo de compromisso em seu depoimento à CPMI das Ambulâncias, bem como a expedição de "salvo-conduto em caso de prisão por falso testemunho e oficiando-se por telex" à comissão parlamentar. No julgamento do mérito, pede a confirmação da liminar.





Fonte: Redação com Assessoria

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