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Politica Brasil
Domingo - 29 de Outubro de 2006 às 07:30
Por: Marcos Lemos

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Nem bem terá passado a ressaca das eleições presidenciais, o governador Blairo Maggi e os empresários do agronegócio vão em busca dos compromissos assumidos pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na terça-feira, o governador estará em Brasília com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acompanhado pelo deputado federal eleito e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, e de representantes de todas as tradings, que são as maiores credoras entre os produtores do Estado e de grande parte do Brasil.

Depois de ter sido vetada pela Justiça Eleitoral a liberação de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o refinanciamento e custeio da safra agrícola no valor de R$ 3 bilhões, por entender que a liberação poderia parecer favorecimento, os representantes se sentam à mesa para decidir as regras que serão aplicadas nos recursos, que terão prazo de cinco anos para serem quitados.

Esses recursos foram na realidade liberados em maio, durante uma reunião do governador Blairo Maggi com o presidente Lula (PT), mas acabaram não sendo utilizados por causa das regras que não foram flexíveis. “Os recursos foram liberados, mas os agricultores não os utilizaram por causa da exigência de que as tradings teriam que ser avalistas dos recursos a serem emprestados pelos produtores e devidos a elas próprias”, explicou o governador.

Segundo ele, a reunião com o ministro definirá novas maneiras dos recursos serem liberados e flexibilizados para os produtores rurais.

Deputado federal eleito, Homero Pereira assegurou que as regras serão colocadas de forma diferenciada e que os produtores poderão emprestar em forma de títulos de crédito, dando a produção ou a terra como garantia pelos recursos emprestados.

“Não é a solução para ajuda na tentativa de recompor a situação do agronegócio que é crítica”, explicou Homero Pereira. O deputado eleito disse ainda que é necessário deixar regras claras e bem definidas para não endividar ainda mais o produtor que necessariamente terá que captar mais recursos em anos vindouros para continuar a plantar e a produzir.

O governador cobrará ainda regras diferenciadas para o setor agrícola no que tange a juros e o câmbio, como única solução para que o agronegócio saia da crise financeira em que se encontra e possa se recuperar, bem como aquecer novamente a economia nacional, já que o agronegócio tem sustentado o superávit da balança comercial entre as importações e exportações.

A reunião com o ministro foi agendada no início deste mês. Porém compromissos de campanha impediram o encontro.





Fonte: Da Reportagem

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