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Nacional
Sexta - 27 de Outubro de 2006 às 18:08

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As últimas pesquisas feitas diante do segundo turno das eleições presidenciais na Bulgária, que acontecerá no domingo, prevêem uma vitória arrasadora do atual presidente, o socialista Georgi Parvanov, sobre o candidato ultranacionalista Volen Siderov.

Parvanov - apoiado pelo Partido Socialista, Movimento pelos Direitos e Liberdades da minoria turca e Aliança Nacional Simeão II - poderia obter 75% dos votos, afirmam as pesquisas.

Assim, o atual presidente conseguiria uma folgada vitória sobre Siderov, líder do partido xenófobo Ataka, que conseguiu ir ao segundo turno com 21,5% atraindo o voto de protesto, mas também devido à alta abstenção e à falta de um candidato forte da direita.

No primeiro turno, Parvanov conseguiu 64% dos votos, mas não pôde ser proclamado vencedor porque a participação não alcançou 50%, o que levou ao segundo turno, no qual a abstenção não afetará mais a validade do resultado.

Assim, no domingo, haverá o enfrentamento de duas candidaturas antagônicas: a do pró-europeu Parvanov, que se apresenta como "o presidente de todos os búlgaros", e a de Siderov, que ataca as minorias no país - principalmente turcos, ciganos e também a pequena comunidade judaica sefardita.

Parvanov, um historiador de 49 anos de idade, promete continuar defendendo a convivência étnica no país balcânico, como diz ter feito nos últimos cinco anos.

O jornalista Siderov, de 50 anos, atraiu votos não tanto por sua retórica nacionalista, mas pelos lemas populistas, críticas aos políticos corruptos "que saqueiam a Bulgária" e promessas de "devolver o dinheiro (roubado) aos pobres".

Assim, o candidato do Ataka conseguiu captar o voto dos eleitores insatisfeitos com os 17 anos de transição do comunismo à economia de mercado, enquanto crescem a corrupção, o crime e a pobreza, em um país onde o salário médio é de 160 euros.

As pesquisas indicam que a participação deve ser parecida com a do primeiro turno, de 42,5%, especialmente diante da clareza do resultado que deve sair da votação.





Fonte: AFP

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