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Polícia Brasil
Sexta - 27 de Outubro de 2006 às 14:25

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A Polícia Civil pôs fim ontem em um lucrativo negócio de família, com a prisão de seis pessoas e a apreensão recorde em Goiás de 1 tonelada de maconha.

A líder do grupo, Mirlene Martins de Novais, 40 anos, duas filhas dela, o genro, uma sobrinha e uma irmã foram todos presos, apontados como donos da droga, que estava sendo levada para Goiânia, Goiás, no fundo falso de um caminhão gaiola.

O veículo, com placas do Mato Grosso do Sul, foi interceptado por policiais da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) na GO-060, em uma estrada vicinal próximo à cidade.

A droga, dividida em tabletes, estava coberta de cascas de arroz e estrume de gado. A quantidade apreendida é avaliada em R$ 300 mil e iria abastecer Goiânia e Brasília.

Em Goiânia, Mirlene, a líder do bando, conhecida por "Magrela", é acusada de comandar um esquema de distribuição que envolve outros 20 traficantes da cidade, segundo a polícia. Ela foi a primeira a ser presa, na noite de quarta-feira, em um veículo, junto a outras duas pessoas, enquanto monitorava a carga encomendada. Com o motorista do caminhão, Aguinaldo Oliveira Carvalho, 43 anos, foram encontrados um tablete de haxixe e outro de pasta base de cocaína, além de uma balança de precisão.

"Todos eles fazem parte de uma quadrilha do crime organizado que envolve financiadores, traficantes e destinatários da droga, que já estavam sendo investigados", destacou a delegada Renata Chein, da Denarc.

Após quatro meses de investigação, monitorando as idas e vindas do grupo a Pontaporã, no Mato Grosso do Sul, a Polícia Civil considera que a operação foi um sucesso, especialmente por ter conseguido efetuar as prisões no momento oportuno. "Nós já estávamos no rastro da quadrilha esperando o momento exato para agir. Mensalmente, eles encomendavam uma média de 200 kg de maconha, que era trazida em carros menores, mas nunca nesta proporção", destacou o delegado Manoel Leandro da Silva, que está no comando da investigação.

Além destas prisões, na madrugada de ontem foram detidas outras três pessoas em Goiânia, onde estava estabelecida a base da quadrilha. Segundo a polícia, elas mantinham um depósito alugado para armazenamento da droga antes da distribuição. Cada kg da substância era vendido entre R$ 450 e R4 600 e o lucro era dividido entre os membros da família Novais.

"Para se ter uma noção da grandiosidade do esquema, esse caminhão, avaliado em R$ 50 mil, foi comprado por eles há cerca de um mês exclusivamente para realizar o transporte dessa carga", declarou o delegado.

Pelo volume de dinheiro que a quadrilha movimenta, a polícia supõe que há grandes financiadores por trás do esquema. "Essa ação certamente vai render novas prisões. Já temos nomes e sabemos que isso envolve uma rede de traficantes", disse.





Fonte: Terra

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