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Politica Brasil
Sexta - 27 de Outubro de 2006 às 06:33
Por: Márcia Raquel

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O senador eleito Jaime Campos (PFL) afirmou ontem que não será um opositor “raivoso” no Congresso Nacional. Campos admitiu ontem, pela primeira vez, uma possível derrota do candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB). Na avaliação do senador, o eleitor vai optar pelo chamado voto útil, ou seja, votar no candidato que as pesquisas eleitorais apontam como vitorioso.

“Não vou ser um senador raivoso. Vou trabalhar pelos interesses de Mato Grosso, independente da cor partidária. Esse negócio de ir para Brasília bater boca e não trazer nada para cá não dá. O que o nosso Estado precisa é ser respeitado. Receber obras concretas como a que estamos recebendo aqui em Jangada”, disse o senador, após a assinatura do termo de Execução para a obra de rodovia 163 de Várzea Grande a Jangada.

Jaime Campos, aliado de primeira hora do governador reeleito Blairo Maggi, foi eleito em uma composição com o PPS e mais 12 partidos. Porém, neste segundo turno, os dois seguiram rumos diferentes. Campos seguiu a decisão partidária e fez campanha para a eleição do tucano Geraldo Alckmin e Maggi contrariou a orientação do partido para defender a reeleição do presidente Lula.

No entanto, apesar das diferenças evidenciadas na campanha eleitoral, Jaime Campos avalia que a atuação dos congressistas deve ser ponderada. O senador afirmou que é um homem partidário e por isso vai seguir a orientação do PFL para votar em Alckmin, no entanto, garante que não terá nenhum constrangimento em apoiar o governo Lula, se reeleito, nas matérias que forem benéficas para o Estado. “Sou livre, vou fazer Mato Grosso crescer”, assegurou.

Apesar do apoio declarado do governador Blairo Maggi à reeleição de Lula, Jaime Campos não acredita numa vitória do petista em Mato Grosso. Segundo o senador eleito, vários dos prefeitos que participaram da reunião com o governador compareceram por respeito ao chefe do Executivo estadual. “Não significa que todos os que estiveram lá vão apoiar Lula”, avaliou.

Porém, Jaime reconheceu que a campanha do candidato tucano no Estado está fraca. Adversário do PSDB em nível local, Jaime não se sentiu à vontade para participar de grandes atos de campanha. “Eu particularmente não participei de grandes atos, dei a minha contribuição em entrevistas e nos municípios em que visitei pedi votos para Alckmin”, assegurou.

Para Campos, o eleitor ainda é influenciado pelo resultado das pesquisas. “Eu defendo que nas próximas eleições as pesquisas sejam somente para consumo interno. Porque muitas vezes o eleitor não quer votar em quem, segundo as pesquisas, vai perder a eleição, é o voto útil”, avaliou ao ponderar que, da forma como acontece hoje, a disputa fica muito desigual. “Eu sei como funciona, em vários lugares os eleitores perguntavam para a gente como estão as pesquisas para saber quem ia ganhar”, observou.




Fonte: Diário de Cuiabá

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