México agradece OEA por declaração contra muro
"O Governo do México deseja agradecer profundamente pela mensagem de solidariedade expressa pelos países da América Latina e do Caribe em relação ao tema do muro", afirmou o porta-voz presidencial, Rubén Aguilar.
Aguilar elogiou a postura da OEA de enfatizar a necessidade de tratar o tema migratório de uma perspectiva integral, com respeito pleno aos direitos dos migrantes.
O assunto foi incluído na agenda da sessão ordinária do Conselho Permanente da instituição, realizada na quarta-feira, em Washington.
Das 34 nações que integram a OEA, 27 aprovaram uma declaração conjunta na qual expressaram "profunda preocupação" pela postura americana.
"Trata-se de uma medida unilateral, contrária ao espírito de entendimento que deve caracterizar a abordagem dos problemas comuns entre países vizinhos, e que afeta a cooperação no hemisfério", afirmou.
A declaração da OEA acrescenta que o estabelecimento de muros não propicia a adequada atenção ao problema migratório, e não reconhece a contribuição histórica dos trabalhadores imigrantes para o próprio desenvolvimento econômico dos EUA. A organização pede ao Governo americano que reconsidere a medida.
Os países signatários do documento foram Brasil, Antígua e Barbuda, Argentina, Barbados, Belize, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname, Uruguai e Venezuela, além do próprio México.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, assinou hoje a chamada "Lei do Muro", que ordena a construção de um muro de cerca de 1.226 quilômetros ao longo de uma parte da fronteira entre os EUA e o México.
Em uma breve cerimônia no salão Roosevelt da Casa Branca, Bush assegurou que a nova lei protegerá o povo americano, e fará com que as fronteiras se tornem mais seguras.
O chanceler mexicano, Luis Ernesto Derbez, disse que a construção do muro é "uma besteira, que não terá nenhuma utilidade", além de insultar o povo mexicano.
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