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Economia
Terça - 24 de Outubro de 2006 às 19:11

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Um cenário favorável para o abastecimento interno de milho a partir de dados da safra 2006/2007 e novos mercados potenciais foram apresentados pelo presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo, Aves e Suínos, Silvio Farnese, também coordenador-geral de Cereais e Culturas Anuais da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A palestra foi apresentada em uma convenção na Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) na última segunda-feira, 23.

Segundo ele, a conjuntura internacional é favorável à produção de milho no Brasil e ao incremento de investimentos no setor. “Os Estados Unidos, maiores exportadores de milho no mundo, estão próximos de atingirem o limite de sua fronteira agrícola. A China, por sua vez, já produz menos do que consome, baixando seu estoque de 84,8 milhões de toneladas na safra 2001/2002 para 28,1 milhões na última safra. Dessa forma, o cenário é muito favorável para o Brasil”, adiantou.

Entre as perspectivas apresentadas, estão o aumento do consumo de milho para a fabricação de etanol nos Estados Unidos. Segundo Silvio Farnese, o aumento registrado foi de 32 milhões de toneladas na última década. São 101 usinas em funcionamento no país. “Se a tendência for comprovada, um novo desafio será apresentado à cadeia produtiva do milho, o de conquistar mercados para a produção de combustíveis”, afirmou.

ABASTECIMENTO E DESAFIOS – O estoque de milho do governo, de acordo com Farnese, está quantificado em 3,7 milhões de toneladas. “O abastecimento está garantido e políticas para garantir o preço mínimo em alguns estados já estão em andamento, como a realização de leilões”, disse. O objetivo é garantir o preço mínimo da saca de milho, que já foi cotada a apenas R$ 12. Em Mato Grosso, por exemplo, “estado que vive uma crise quase que estrutural do ponto de vista logístico”, antecipou o presidente, 65% da safra foi comercializada com o apoio do governo.

Os desafios enfrentados pelos produtores – como atrasos na decisão sobre a liberação comercial de sementes transgênicas, baixas produtividades registradas em algumas regiões e, principalmente, a ausência de uma infra-estrutura adequada para o escoamento de produção – foram apresentados por Farnese como fatores que exigem uma definição urgente. “A logística cara, por exemplo, inibe o desenvolvimento de qualquer cultura”, disse.

SORGO – O presidente da Câmara Setorial também fez análises sobre a produção de sorgo. Silvio Farnese disse que a cultura passa por um momento de estabilidade – o Brasil tem uma área plantada de 720 mil hectares – e adiantou que o cenário deve permanecer no futuro. “A cultura ajuda no abastecimento, principalmente em épocas de crise. Mas o consumo acontece nas próprias regiões produtoras e isso tem inviabilizado o aumento da produção”, concluiu.

Mais informações: Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa): (31) 3779-1123 ou sac@cnpms.embrapa.br.





Fonte: 24HorasNews

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