Jacques Wagner faz apologia à mentira, afirma dirigente da OAB

O presidente em exercício da Ordem dos Advogados do Brasil, Aristoteles Atheniense, criticou nesta terça-feira a declaração dada ontem pelo governador eleito da Bahia, Jaques Wagner. Ao ser questionado sobre a origem do dinheiro apreendido com petistas para comprar um dossiê contra políticos tucanos, o petista disse que "ao réu é dado o direito de mentir" e "o réu petista não é diferente".

A afirmação que causou estranheza nos meios jurídicos. "A declaração do governador eleito é uma verdadeira apologia à mentira, algo absurdo", sustentou Aristoteles, assinalando que "não há no ordenamento legal do País autorização para mentir, mas sim, para não se auto-incriminar".

"A mentira não se confunde com o erro ou com o equívoco. A mentira é o juízo falso, quando se sabe que a verdade é bem outra", destacou. "Jamais se poderia admitir que aquele que assim proceda, mentindo, esteja usando de direito concedido pela lei, conforme sustentou o governador eleito da Bahia", conclui.