Usina Termoelétrica parada há mais de 50 dias pode voltar a funcionar amanhã
A empresa recebeu, na semana passada, a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica para funcionar por meio de óleo diesel, como uma forma de compensar a carência causada pela suspensão do fornecimento do gás natural.
Tecnicamente, a usina tem condições de funcionar com óleo diesel, mas segundo Fábio Garcia, responsável pelos assuntos regulatórios da Empresa Produtora de Energia (EPE), operadora da usina, o uso desse combustível não está previsto comercialmente."Foi assinado um contrato que só remunera à empresa o custo da geração a gás", disse.
Para possibilitar o funcionamento a óleo diesel da termoelétrica, seria necessário fazer um acordo comercial respaldado pelo Ministério de Minas e Energia, em que os custos de geração com este combustível sejam reembolsados pela empresa. 'A geração de energia a diesel é de sete a dez vezes mais cara do que a geração a gás natural', explica Fábio.
Em um eventual acordo comercial, ficaria acertada, com uma empresa, a compra e a entrega de óleo diesel à usina. Segundo o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, essas empresas seriam a Furnas e a Eletrobras.
Sobre os rumores de que a Subestação do Coxipó, de propriedade da Eletronorte, está sobrecarregada desde que a termoelétrica parou as atividades, Fábio diz que são fatos distintos. "Não é função da termoelétrica fazer o ajuste da carga da subestação. Quando a usina está operando, isso traz um pouco mais de segurança, mas o fato de haver uma sobrecarga da subsestação do Coxipó não pode ser responsabilidade da termoelétrica", argumenta.
A previsão é de que o fornecimento do gás natural pela Bolívia volte ao normal amanhã.
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