Pré-estréia da ópera A Flauta Mágica ocorre nesta quarta-feira
O maestro e diretor musical da montagem, Fabricio Carvalho, explica que esse é o último ensaio antes das récitas, porém, é completo, com cenário, figurinos, maquiagem e iluminação. "Todos os profissionais envolvidos na produção - técnicos, músicos, cantores e solistas - participam do ensaio", ressalta, acrescentando que os convidados vão assistir em primeira mão a concepção mato-grossense desta ópera. Segundo o maestro essa é a "prova de fogo" para a produção.
O desafio de encarar a montagem de uma ópera foi lançado no final do ano passado pela Coordenação de Cultura da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Em abril deste ano, a primeira pílula foi apresentada aos cuiabanos, em um concerto em comemoração ao aniversário da capital. A preparação dos profissionais teve início no final de julho.
Os cenários construtivistas e figurinos foram emprestados pela Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Criados em 2004 para a primeira montagem de A Flauta Mágica da instituição, foram reutilizados na remontagem do espetáculo no início deste mês. O destaque é para os elementos e símbolos maçônicos, já que a história da ópera é uma espécie de alegoria do universo da maçonaria ao qual compositor e o libretista estavam ligados.
Com libreto de Emanuel Schikaneder, A Flauta Mágica parece ter sido escrita em 1731, e está relacionada com os mistérios egípcios e a filosofia da iluminação. A estréia ocorreu em Viena, segundo registros em 30 de setembro de 1791. Algumas árias tornaram-se muito conhecidas, como o dueto de Papageno e Papagena, e as duas árias da Rainha da Noite. Esta é uma das óperas mais conhecidas do repertório internacional.
A ópera fala de amor, mostra a constante luta entre o bem e o mal e a busca do homem por caminhos que conduzem a serenidade, respeito, dignidade e ideais de sonhos e vida. Sua mensagem é simples, mas bastante profunda, sobretudo, trazendo uma reflexão sobre vários propósitos da vida e suas escolhas que resultam em nossas vitórias ou fracassos. Trata de relacionamento e traz como foco um casal, que tem o amor como meta e esforço em comum para vencer as dificuldades que lhes surgem. Para atingir este estado ideal de comunhão de almas, ambos precisam trabalhar juntos na superação de inúmeros desafios e dificuldades eminentes que naturalmente a vida lhes proporciona. Sobretudo são fortalecidos pela virtude e pela confiança que são atributos essenciais para conduzi-los a vitória.
A Flauta Mágica em Cuiabá é uma montagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e conta com a direção cênica do diretor teatral, José Brasil, produção de Itaborahy Produções e apoio do Ministério da Educação, Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Prefeitura Municipal de Cuiabá, Centro Federal de Ensino Tecnológico -Cefet/MT, Unimed, Cemat, Tauro Motors, Haus Bier, Alligator"s, Academia Lorenzo Fernandez, Studio Sérgio Soares e Gráfica Gênus.
Informações: 3615-8374 / 3905-4000.
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