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Internacional
Segunda - 23 de Outubro de 2006 às 01:47

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O presidente da China, Hu Jintao, e seu antecessor, Jiang Zemin, celebraram no Grande Palácio do Povo de Pequim o 70º aniversário do fim da Grande Marcha, em uma resposta aos rumores sobre um conflito entre os dois políticos por causa dos recentes escândalos de corrupção, informou hoje a imprensa independente.

A agência oficial "Xinhua" confirmou a presença de outras altas personalidades comunistas na homenagem prestada neste domingo, entre elas o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o vice-presidente, Zeng Qinghong, além de outros membros do Partido Comunista da China (PCCh).

Segundo o jornal "South China Morning Post", esta é a primeira aparição dos dois políticos juntos desde a destituição em setembro do chefe do PCCh em Xangai, Chen Liangyu.

As análises da imprensa estrangeira consideram que o escândalo de Xangai, que envolve personalidades de diversos âmbitos por má administração do maior fundo de previdência do país, poderia servir para que Hu Jintao retire do cenário político alguns de seus principais rivais dentro do partido.

Jiang, que iniciou sua vida política em Xangai, cidade da qual foi prefeito nos anos 80, se retirou paulatinamente de seus cargos políticos e militares entre 2004 e 2005, embora, segundo os analistas, conserve aliados nas altas esferas dessa cidade, no chamado "Grupo de Xangai".

A imprensa oficial evita sempre falar da discordância entre Hu e Jiang, mas enfatizou a aparição dos dois políticos juntos, apesar de o ex-presidente não aparecer normalmente nas listas de governantes presentes em festas e homenagens.

O ato deste domingo lembrou os 70 anos da famosa fuga dos comunistas, durante um ano, por toda a China, do sudeste ao norte do país.

A Grande Marcha começou em 16 de outubro de 1934, quando 86 mil soldados do Exército Vermelho partiram de Jiangxi, e terminou em 19 de outubro de 1935, com cerca de 20 mil efetivos, embora o final oficial da retirada tenha sido anunciado em 22 de outubro de 1936, quando os comunistas venceram os nacionalistas do Kuomintang.

Na marcha, Mao se consagrou como líder dos comunistas chineses, que cruzaram 18 cordilheiras e 24 rios, e travaram 14 batalhas nas quais morreram cerca de 60 mil homens, embora muitos historiadores acreditem que esta "façanha" tenha sido idealizada pelos historiadores comunistas nos anos seguintes.





Fonte: EFE

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