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Nacional
Sábado - 21 de Outubro de 2006 às 08:16

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O número de homicídios no Estado de São Paulo diminuiu 12% no 3º trimestre em comparação com o do mesmo período do ano passado. Em relação ao dado do 2º trimestre, houve queda de 16,6%, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública. Em termos absolutos, São Paulo teve cerca de 200 homicídios a menos, o que significa que a polícia deixou de registrar pouco mais de dois casos por dia.

As grandes cidades - aquelas com mais de 100 mil habitantes - e suas periferias têm puxando esse índice para baixo desde 2000. Nelas, a queda começou antes e é mais acentuada do que nos pequenos municípios. Ao todo, o fenômeno atinge 432 dos 645 municípios do Estado.

A Secretaria da Segurança Pública não divulgou os números detalhados por bairro da capital do último trimestre, mas revelou os do primeiro semestre deste ano. Comparando-se esses números com os do mesmo período de 2005 é possível perceber o papel da periferia no recuo do índice.

As maiores reduções absolutas ocorreram em bairros como Parelheiros e Campo Limpo (-20 casos), Capão Redondo (-18 casos), Jardim das Imbuias e Jardim Miriam (-13 casos). Fora da periferia, só um bairro registrou uma queda tão grande: o Jardim Taboão, cuja região engloba parte do Morumbi. Ali, a polícia contou menos 19 homicídios. De 93 áreas de delegacias na cidade, 58 registraram quedas.

O aumento nos casos ocorreu em 27 regiões, mas em número reuzido, como o registrado na Lapa (1 caso), na zona Oeste, ou na Vila Rica (1 caso), na zona Leste. As exceções foram São Mateus, na zona Leste, que contou mais 7 casos e o Jabaquara, onde ocorreram mais 12 casos.

"É a presença de arma de fogo que explica a violência. Ela ainda existe, mas não é tão letal", disse o pesquisador Túlio Kahn, que trabalha na Coordenadoria de Análise e Planejamento da Secretaria da Segurança. Segundo ele, o número de lesões corporais dolosas não caiu na mesma proporção que os homicídios.

Nas cidades com mais de 1 milhão de habitantes, o número de homicídios por 100 mil habitantes caiu 52,3% no período entre 1999 e 2005. Enquanto isso, o total de lesões corporais aumentou em 19,7% na capital do Estado. Em suma, sem arma, as brigas continuam, mas em vez de terminarem em morte, terminam em ferimento.

Latrocínios aumentam 9% O número de pessoas mortas em roubos no Estado de São Paulo aumentou 9% no 3º trimestre deste ano (82 casos) em comparação com o do trimestre anterior (75 crimes). O índice ficou estável quando comparado com ao do mesmo período do ano passado.

O total de casos de latrocínios pode ser maior ainda, dependendo das conclusões das investigações sobre os homicídios de autoria desconhecida, que, na cidade de São Paulo, ficam a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As conclusões dos inquéritos, no entanto, não servem para modificar as estatísticas, baseadas nos registros feitos nos boletins de ocorrência.

A flutuação do índice de latrocínios está ligada à pequena quantidade registrada desse tipo de delito. Como seu total absoluto é bem menor que o dos homicídios - cerca de 1.700 no Estado por trimestre - qualquer variação de casos pode significar um aumento ou uma redução grande do ponto de vista proporcional.

Prova disso, segundo a Secretaria, é que essas variações não são proporcionais às dos índices de roubo simples. Assim, não basta o roubo crescer ou diminuir para o latrocínio acompanhar. Por exemplo: o número de roubos no 1º semestre de 2006 foi de 53 mil e o de latrocínios, 88. Já no primeiro trimestre de 2005, o número de roubos foi de 52 mil e o de latrocínios ficou em 99.





Fonte: Agência Estado

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