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Politica Brasil
Sábado - 21 de Outubro de 2006 às 03:21
Por: Valéria Cristina da Silva

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O Movimento de Combate á Corrupção Eleitoral (MCCE), com apoio da seccional mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), vai trabalhar junto ao Ministério Público Federal para que sejam abertos processos de investigação por compra de voto contra os deputados estaduais eleitos Chica Nunes (PSDB) e José Riva (PP). Chica é vereadora por Cuiabá e atual presidente da Câmara Municipal. Riva é primeiro-secretário da Assembléia e foi reeleito para o quarto mandato consecutivo como campeão de votos.

O MCCE se baseia em prisões flagrantes que aconteceram no dia da eleição, em 1º de outubro. No caso de Chica, o Movimento conseguiu da OAB/MT a designação de um advogado para acompanhar o caso e se colocar à disposição do MPF, para que haja celeridade no procedimento. O advogado é Almino Afonso, o mesmo que fazia parte da banca que trabalhou para a coligação Mato Grosso Unido e Justo, encabeçada pelo governador Blairo Maggi (PPS). Segundo Afonso, o MPF já tem conhecimento de todas as informações repassadas pelo juiz eleitoral da zona de Barão de Melgaço, Lídio Modesto da Silva Filho. Mas o procedimento ainda não foi aberto.

Ele conta que por meio da ação de fiscais da coligação acabou sendo preso no dia da eleição Benedito João da Penha. Ele estava com R$ 200, um caderno de anotações com 16 nomes e 302 santinhos da candidata Chica Nunes. Segundo o depoimento de Benedito à polícia de Barão, o dinheiro lhe havia sido dado pelo ex-prefeito João Batista Ribeiro, que é sogro de Chica, e seria para pagar pelo serviço de compra de votos. No caderno estavam anotados os nomes de 16 pessoas que teriam vendido o voto por R$ 30. Oito eram parentes de Benedito. Se Chica for condenada por compra de voto, mesmo que em decisão de primeira instância, terá a diplomação ou o mandato cassado. Poderá recorrer, mas fora do cargo.

No caso de Riva foram apreendidos R$ 3 mil, notas fiscais, listas de materiais de construção e pedidos de emprego, em Santo Antonio de Leverger, com o vereador Edemar Galho, que seria o coordenador da campanha do deputado na cidade.




Fonte: A Gazeta

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